A inflação elevada, o medo de perder o emprego e a menor renda
disponível para os brasileiros deve tornar o Dia das Mães de 2015 o mais
magro dos últimos nove anos.
Mais de um terço das famílias pretende
gastar menos com a data neste ano, de acordo com levantamento da
Fundação Getulio Vargas (FGV).
Diante da necessidade de apertar o cinto,
quase metade ainda não sabe o que comprar, e, entre quem já decidiu,
opções mais baratas ganham espaço.
Ao todo, 39% dos consumidores planejam diminuir gastos com presentes
para as mães, enquanto apenas 6% devem ampliar o orçamento, segundo
quesito especial da Sondagem do Consumidor de abril obtido com
exclusividade pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.
São os piores resultados da série iniciada em 2007 (excluindo 2011,
quando a pesquisa não foi realizada).
"Os consumidores estão achando que o desemprego pode aumentar. Além
disso, já estão com a renda comprometida, e a confiança na economia é
baixa", avalia o superintendente adjunto de Ciclos Econômicos da FGV,
Aloisio Campelo.
O Dia das Mães é a segunda data comemorativa mais importante para o
comércio, atrás apenas do Natal.
A Confederação Nacional do Comércio de
Bens, Serviços e Turismo (CNC) espera o pior desempenho para o Dia das
Mães desde 2004, com alta de 0,5% no volume de vendas ante igual período
do ano passado.
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