Promessa do surf potiguar, Israel Júnior, de Baía Formosa, conhece ídolo e ganha elogio de integrante do Circuito Mundial. 'Ele é completo', diz Jadson
Uma das promessas do surf do Rio Grande do Norte, Israel Júnior, 15 anos, realizou o sonho de conhecer o ídolo Jadson André,
principal surfista potiguar da atualidade e integrante do WQS, divisão
de acesso para a elite do Circuito Mundial de Surf, o WCT.
Este primeiro
encontro ocorreu em setembro, na praia de Tabatinga, litoral Sul do
estado, durante um "surf treino", evento que reuniu atletas das
categorias mirim a adulta.
adson, 23 anos, está em Natal para visitar a família e treinar na praia de Ponta Negra,
local onde iniciou no esporte. Ele foi avisado por amigos sobre o
campeonato em Tabatinga e marcou presença. Os dois disputaram a final do
evento e o talento de Israel chamou a atenção de Jadson, que foi para
água surfar "de boa" e precisou suar para conquistar o título do
torneio.
- Fui para a final com o Israel e estava surfando 'de boa'. Quando fui
perceber, Israel já estava com duas notas muito altas, um 8,70 e 7,5 e
eu precisa de duas notas boas para vencer.
Eu pensei, se eu ficar aqui
de bobeira, o moleque vai me vencer. Então, levei mais a sério, consegui quase um 10 e consegui vencer o campeonato - lembrou Jadson ao GLOBOESPORTE.COM, que proporcionou o reencontro com Israel, desta vez em Ponta
A premiação do torneio foi uma prancha de surf, a qual Jadson deu de
presente para Israel. Para o profissional, o estilo de surf de Israel é
diferente de outros surfistas potiguares, porque ele consegue juntar
vários estilos dentro de uma bateria de competição.
- Perguntei a alguns amigos, 'quem é esse moleque aí?'. Foi então que
vi o Israel. Ele surfa muito. Sem perceber, fiquei observando o
comportamento dele.
Dentro da água, ele é bastante determinado, focado,
inteligente e tem um repertório completo. Eu vejo que os surfistas do
nosso estado têm a facilidade de dar muitos aéreos, mas alguns pecam por
ficar apenas nisso.
Já Israel não, é completo, surfa na borda da onda,
faz os aéreos e arrisca outras manobras - explicou Jadson.
Ainda tímido, Israel, que é natural de Baía Formosa, a 95 quilômetros
de Natal, contou que aguardava ansioso pelo encontro com Jadson André. A
revelação do surf potiguar revela que a meta é se profissionalizar e
chegar ao Circuito Mundial, seguindo os passos do "amigo-ídolo".
- Sempre procurava assistir aos campeonatos que Jadson estava
disputando, como o WCT e o WQS. Sempre fui fã dele e foi uma felicidade
imensa ter conhecido ele pessoalmente.
Graças a Deus, esse encontro foi
no campeonato que aconteceu em Tabatinga. Eu tive um bom desempenho e
Jadson viu isso. Foi daí que começou a nossa amizade. Acho que é
possível chegar onde ele chegou, e estar um dia na elite do Mundial -
contou Israel.
Apesar de iniciante, Israel já acumula bons resultados. Em 2012, o
potiguar foi campeão cearense da categoria mirim, vice-campeão mirim do
campeonato paraibano e campeão nordestino.
Este ano, lidera a categoria
mirim do Circuito Brasileiro. A competição é dividida em quatro etapas e
Israel venceu as duas primeiras. A próxima etapa do Nacional ainda não
tem local definido, já que a organização pretende realizar o evento na região Sul ou Sudeste do país.
Ídolo também já foi fã
A história do encontro de Israel com o seu ídolo também já aconteceu
com Jadson. O potiguar começou no surf com apenas 10 anos de idade e tem
até hoje como ídolo o experiente Marcelo Nunes, ex-integrante da
divisão especial do surf mundial e que chegou a ser considerado um dos
cinco melhores surfistas do mundo.
Foi Marcelo quem deu a primeira
prancha para Jadson.
- Eu me vi nele há um tempo atrás, porque eu sempre tive o Marcelo
(Nunes) como meu ídolo, porque foi ele que me deu a primeira prancha de
surf da minha vida.
Não tinha nada, não tinha apoio e Marcelo chegou lá
em casa e me deu uma prancha novinha. Com apenas 10 anos de idade, uma
prancha novinha, dada pelo seu ídolo, foi tudo para mim... Na época,
Marcelo corria o circuito mundial e foi um cinco melhores do mundo -
recorda.
Anos depois, Jadson pôde retribuir o presente recebido com um duelo
contra Marcelo Nunes na praia onde surgiu para o esporte, em Ponta
Negra.
- Fiquei treinando com aquela prancha e, depois de uns quatro anos,
aconteceu uma competição em Ponta Negra e eu surfei junto com Marcelo.
Eu lembro que, na época, ele teve que suar para ganhar de mim, assim
como aconteceu em Tabatinga com o Israel - concluiu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.