Policiais preservam a área na qual aconteceu o acidente que matou operários no Itaquerão nesta quarta-feira Leia mais Marco Ankosqui/UOL
Coordenador da Defesa Civil, Jair Paca de Lima informou a GloboNews que
30% da área leste do estádio Itaquerão será interditada por dois dias
após desastre que vitimou dois funcionários. Uma estrutura metálica
desabou na manhã desta quarta-feira.
"30% da área leste dessa obra será interditada por motivos de
segurança. O engenheiro da subprefeitura é quem vai determinar
posteriormente a área exata", destacou o representante da Defesa Civil.
Segundo a Defesa Civil, as obras nas demais áreas do estádio podem ser liberadas já na quinta-feira.
A Odebrecht, responsável pela obra do estádio, concedeu entrevista
coletiva pouco tempo depois e confirmou a interdição, mas afirmou que
não houve nenhum dano estrutural no local.
"A estrutura não sofreu nenhum comprometimento. Foi uma peça metálica
da cobertura. Não teve comprometimento. Houve danos em uma parte do
prédio, mas nada que atrapalhe a estabilidade", disse Frederico Barbosa,
gerente operacional da construtora.
O acidente matou dois
funcionários da obra. O cearense Fábio Luiz Pereira, de 42 anos, era
casado e pai de três filhos. Era quem controlava o caminhão no momento
do acidente. A outra vítima é Ronaldo Oliveira dos Santos, de 44 anos,
natural de Limeira, no interior de São Paulo. Ronaldo era casado e pai
de uma única filha.
O Ministério Público de São Paulo irá investigar o acidente.
De acordo com nota divulgada pela Promotoria de Justiça de Habitação e
Urbanismo da Capital, uma vistoria em conjunto com o Corpo de Bombeiros
está prevista "para os próximos dias do mês de dezembro", ou seja, a
partir da semana que vem. Até lá, as obras ficam paralisadas.
Já o Sindicato dos Trabalhadores de Indústria de Construção Pesada
pediu ao Ministério do Trabalho e Emprego o embargo da obra do
Itaquerão.
Então, haverá um reivindicação do Ministério à Justiça Trabalhista para
a parar a obra. Para representantes do sindicato, é certo que a obra
deve ficar paralisada até o final da perícia policial porque esse é o
procedimento padrão em caso de mortes. O prazo para conclusão dessa
averiguação, na opinião do sindicato, é de cerca de 30 dias.
"Falei com o representante do Ministério do Trabalho, informalmente, e
já pedi o embargo da obra. Com certeza, será concedido. Isso acontece em
todos os casos de mortes de operários", afirmou Antônio Dekeredjmiam,
diretor do sindicato ao UOL Esporte. "Têm que ser apurados todos os detalhes até o final do que aconteceu."
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.