Brasil
A Folha de São Paulo destaca que ao menos 50 policiais militares
invadiram na noite de sábado (1º) a Delegacia Central de Flagrantes
(Defla), em Rio Branco, para resgatar um sargento preso momentos antes
por desobedecer à ordem de um delegado para fazer o teste do bafômetro
em um motorista suspeito de dirigir sob efeito de álcool.
Segundo a
assessoria da Polícia Civil, o motorista foi preso após provocar um
acidente de trânsito.
Depois de ser atendido no pronto-socorro, ele foi
levado para a Defla. Lá, o delegado Leonardo Santa Bárbara solicitou a
realização do teste ao sargento, mas o PM se recusou a fazê-lo e recebeu
ordem de prisão.
Em seguida, o delegado comunicou o fato ao
tenente-coronel Márcio Alves, comandante da Ciatran (Companhia de
Trânsito da Polícia Militar), de acordo com Alcino Júnior, presidente da
Adepol (Associação dos Delegados de Polícia do Acre).
Em número
maior e com armas de grosso calibre, os PMs levaram o sargento embora.
Agentes e delegados tentaram impedir o "resgate", mas foram vencidos
pela superioridade dos PMs. Policiais do Bope (Batalhão de Operações
Especiais) também participaram da ação.
"O comandante mostrou total
despreparo psicológico para conduzir uma tropa. Essa é uma ação que não
pode ficar impune", diz Alcino Júnior.
"As polícias Civil e Militar
sempre tiveram uma boa relação e essa atitude não pode comprometer o bom
funcionamento da segurança pública", completa.
Segundo ele,
enquanto os PMs invadiam a delegacia, houve registro de duas tentativas e
de um homicídio em Rio Branco.
Um inquérito foi instaurado para apurar o
episódio, diz o delegado.
Os PMs podem ser autuados nos crimes de
resgate de preso, desobediência, dano qualificado ao patrimônio público e
lesão corporal –ao menos quatro agentes teriam sido agredidos.
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