Ultraje a Rigor
Ultraje a Rigor | |
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Ultraje a Rigor durante show no Rio de Janeiro em 2005. |
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Informação geral | |
Origem | São Paulo, SP |
País | Brasil |
Gênero(s) | Punk rock, ska, hard rock, rock cômico, reggae |
Período em atividade | 1980 - presente |
Gravadora(s) | Warner Music Independente Deckdisc |
Página oficial | Ultraje a Rigor |
Integrantes | Roger Moreira Bacalhau Mingau Marcos Kleine |
Ex-integrantes | Leôspa Sílvio Maurício Defendi Edgard Scandurra Carlo Bartolini Andria Busic Oswaldo Fagniani Flávio Soares Suete Heraldo Paarmann Serginho Petrolini Sérgio Serra |
Ultraje a Rigor é uma banda brasileira de rock, criada no início da década de 1980 em São Paulo. Idealizada por Roger Moreira (voz e guitarra base), obteve sucesso em 1983 no Brasil, devido as canções "Inútil" e "Mim Quer Tocar".
Em 1985 a banda ficou nacionalmente conhecida pelo álbum Nós Vamos Invadir sua Praia que trouxe o primeiro disco de ouro e platina para o rock nacional.
O mesmo álbum, mais tarde, acabou sendo consagrado como o "melhor álbum de rock nacional" pela Revista MTV, em dezembro de 2008.
A banda é um grande marco no cenário do rock nacional. Sua formação inicial era Roger, Leonardo Galasso (bateria, mais conhecido como Leôspa), Sílvio (baixo) e Edgard Scandurra
(guitarra solo) e Marcos Klein (Guitarra solo). Mal o nome foi adotado,
Sílvio saiu para dar lugar a Maurício Defendi.
Hoje, apenas Roger,
idealizador da banda, continua desde a formação original. Entre 2011 e
2013, a banda fez parte do talk show brasileiro, Agora É Tarde,1 da Rede Bandeirantes, apresentado por Danilo Gentili. Atualmente fazem parte do SBT onde integram o novo talk show de Gentili, The Noite.
História
Princípio - 1980 a 1988
O grupo Ultraje a Rigor começou como uma banda de covers , principalmente de Beatles, punk rock e new wave. A primeira formação, composta por Roger, Leôspa, Sílvio e Edgard Scandurra, começou fazendo pequenos shows em bares.
Em 1982,
decidiram que o nome da banda seria Ultraje a Rigor, um trocadilho com a
expressão "traje a rigor".
Roger, inicialmente, havia pensado em
batizar a banda apenas como "Ultraje", mas Edgard, quando perguntado a
respeito do nome, ouviu errado e perguntou: "Hã? Como é? Que traje, o
traje a rigor?". O trocadilho fez sucesso e o nome Ultraje a Rigor foi
adotado.
Em pouco tempo, Silvio deixou a banda e foi substituído por Maurício Defendi.
Em abril de 1983, a nova formação participa do primeiro show da banda apenas com composições próprias.
Após alguns shows, a banda assina um contrato de gravação com o produtor Pena Schmidt, que fazia parte da WEA e trabalhou também com artistas como o Ira! (do qual Edgard fazia parte) e os Titãs.
O Ultraje então grava seu primeiro single, Inútil/Mim Quer Tocar, que, por problemas com a censura, não foi liberado até outubro daquele ano.
Edgard, já membro do Ira!, encontrou-se impossibilitado de continuar a dividir seu tempo entre duas bandas e optou pela segunda. Carlo Bartolini, conhecido como Carlinhos, foi chamado para seu lugar.
Em 1984, com a nova formação, o Ultraje grava seu segundo single, Eu Me Amo/Rebelde Sem Causa.
A primeira canção teve relativo sucesso, incentivado pela coincidência de seu refrão com o de Egotrip, da Blitz. A segunda música, porém, foi determinante para o sucesso da banda desde que começou a ser executada, em janeiro de 1985.
O primeiro LP da banda, Nós Vamos Invadir Sua Praia, lançado alguns meses mais tarde, fez grande sucesso. Foi o primeiro LP de rock no Brasil a ganhar Disco de Ouro e Disco de Platina.
A maior parte das músicas teve grande sucesso, e a banda quebrou
recordes de público em diferentes locais em todo o país, como o Canecão, no Rio de Janeiro.
No início de 1986, o Ultraje grava um LP chamado Liberdade Para Marylou, com uma versão remixada de Nós Vamos Invadir Sua Praia, a canção inédita Hino dos Cafajestes e uma versão de Marylou em ritmo de carnaval, que foi bastante tocada nos bailes de carnaval da época.
Em 1987, durante as gravações do novo LP, Sexo!,
Carlinhos (com a possibilidade de uma mudança para Los Angeles para
formar sua própria banda) deixou a banda e Sérgio Serra o substituiu. O segundo álbum foi tão bem sucedido quanto o primeiro, com a canção Eu Gosto de Mulher atingindo um máximo de #96 no Hot100Brasil.
Maturidade e mudanças - 1989 a 1998
Em 1989, mais maduros e um pouco cansados pelas constantes turnês, os integrantes gravam o terceiro disco, Crescendo.
O álbum vendeu bem, mas os meios de comunicação social começam a perder
o interesse no Ultraje após quatro anos de sucesso.
Mesmo assim, o
grupo ainda provocou polêmica, ao fazer uma provocação ao anúncio do fim
da censura oficial, com a canção Filha da Puta.
A canção foi
censurada extra-oficialmente, em muitas estações de rádio e programas de
TV, o que dificultou a promoção do álbum. Outras canções picantes com
temas como "O Chiclete" e "Volta Comigo", uma música que trata de
adultério, tiveram suas execuções comprometidas.
Em 1990, o Ultraje
voltou às suas raízes lançando o "Por Quê Ultraje a Rigor?", um álbum de
covers que faziam parte do seu repertório do início da carreira, além
de Mauro Bundinha, uma canção inédita da mesma fase. Mauricio,
após ter se casado com uma americana, mudou-se para Miami. Sua vaga foi
provisoriamente preenchida por Andria Busic, baixista do Dr. Sin, que entregou seu lugar um mês depois para Osvaldo Fagnani.
Após quase mais um ano de turnê, Roger percebe que o Ultraje a Rigor já
não era a mesma banda. Leôspa, depois de ter casado, já não podia
manter o seu entusiasmo para viajar e ensaiar; Sergio aspirava sair para
formar a sua própria banda, e Osvaldo preferia trabalhar em seu estúdio
profissional.
Depois de uma conversa com Leôspa, Roger decidiu procurar
novos membros para tentar continuar o Ultraje.
Pesquisando em bares e através de mostras de bandas principiantes, encontrou Flávio Suete, baterista que tocava covers de Frank Zappa.
Flávio recomendou Serginho Petroni,
baixista que também tocava covers.
Juntos, começaram as audições para
novos guitarristas. Depois de meses de teste, descobriram Heraldo Paarmann
através de um anúncio da Rádio Brasil 2000 FM.
Eles continuaram
ensaiando e tocaram alguns shows para reforçar os respectivos sons.
Em
1992, contra a vontade da banda, a WEA lançou uma coletânea chamada "O
Mundo Encantado de Ultraje a Rigor" (a palavra "Encantado" era uma
ironia de Roger com relação ao encanto dos primeiros anos e as
dificuldades com a gravadora, em relação a novos projetos).
Embora
essencialmente uma coletânea do material lançado anteriormente, o álbum
continha duas novas faixas da nova formação (Vamos Virar Japonês, com a dupla caipira Tonico e Tinoco; e uma versão de Rock das Aranha, de Raul Seixas)
juntamente com reedições hits lançados anteriormente.
Em 1992, ainda em
rebelião contra a indiferença da sua empresa discográfica, o grupo
grava independentemente Ah, Se Eu Fosse Homem, uma digressão sobre as dificuldades enfrentadas pelos homens no que diz respeito ao novo pós-feminismo.
A fita desta música, distribuída para estações de rádio pela própria banda, produziu os resultados esperados.
Em 1993, em meio a uma situação já tensa com a gravadora, lançam Ó!,
seu sexto LP - o quarto composto apenas por novos materiais.
O disco
foi gravado às pressas (dois meses de estúdio) e com orçamento pequeno,
condição que foi imposta pela WEA, que mesmo assim, praticamente ignorou
o álbum, fazendo com que o contrato fosse rompido em 1994.
O clipe de
"Acontece Toda Vez Que Eu Fico (Apaixonado)" fez sucesso na MTV, mas a
canção era apenas um modesto sucesso na mídia e nas lojas.
Em 1995, uma
nova coleção de hits, desta vez sem o conhecimento da banda, foi
lançado, parte de uma série chamada "Geração Pop". Em 1996, a empresa
lança ainda outra coleção-surpresa, um registro denominado O Melhor do Ultraje a Rigor/2 É Demais!
- fusão dos dois primeiros álbuns sem as faixas bônus.
Ainda sem
notificar a banda, a Warner libera mais dois relançamentos: em 1997, Pop Brasil, (na verdade, uma reemissão de Geração Pop com menos músicas), e, em 1998, Ultraje a Rigor Vol. 2/2 É Demais!, outra coletânea-fusão de dois álbuns, sem as faixa-bônus, da banda - o terceiro e quarto discos.
Recomeço - 1999 a 2007
No início de 1999, depois que Serginho deixou a banda e foi
substituído por Rinaldo Amaral (conhecido como Mingau), o Ultraje lança 18 Anos Sem Tirar!,
um disco ao vivo gravado em 1996, de maneira independente, que ganhou
quatro faixas inéditas em estúdio.
Agora tendo trocado a WEA pela a
Deckdisc/Abril Music e tendo como carro-chefe a faixa "Nada a Declarar",
alcançam o Disco de Ouro.
Em Janeiro de 2001, o Ultraje a Rigor participou da terceira edição do Rock in Rio, numa apresentação conjunta ao lado do Ira! e com direito a Should I Stay Or Should I Go?, cover do The Clash.
Em 2002, outra alteração na formação: Flávio e Heraldo distanciam-se
das intenções musicais do resto da banda e resolvem deixá-la.
Foram
substituídos por Marco Aurélio Mendes, o Bacalhau, ex-baterista do Rumbora, e Sérgio Serra, ex-guitarrista do Ultraje, que voltou de Los Angeles para reintegrar o grupo e participar da gravação de Os Invisíveis.
Em 2005, a banda gravou e lançou, em CD e DVD (o primeiro da carreira), o seu Acústico MTV.
O álbum inclui grandes sucessos como "Inútil", "Mim Quer Tocar",
"Independente Futebol Clube" e "Eu Gosto de Mulher" e faixas inéditas,
como "Cada Um Por Si".
Destaques também para Eu Não Sei, versão de Can't Explain, do The Who, feita por Roger a pedido do Ira!; Ciúme, gravada numa versão originalmente prevista para o disco Nós Vamos Invadir Sua Praia, com uma parte calma; e Nós Vamos Invadir Sua Praia, com cordas e metais.
Fase independente - 2008 a 2011
No final de 2008, Roger anunciou que o Ultraje estava abandonando a gravadora Deckdisc para lançar um álbum independente disponível para download. Esse projeto recebe o nome de Música Esquisita a Troco de Nada!, não sendo necessário pagar para ter as músicas em seu computador.
No início de 2009,
após a gravação de algumas demos, Sérgio Serra abandona novamente a
banda.
Lançado em 5 de abril de 2009, o novo trabalho foi gravado com as
participações especiais de Edgard Scandurra (ex-guitarrista do Ultraje a Rigor e do Ira!, e atualmente com o projeto Pequeno Cidadão, ao lado de Arnaldo Antunes) nas guitarras, e a cantora Klébi Nori, dividindo os vocáis com Roger na música Amor.
O projeto, além de ser totalmente independente, está disponível para download no site ReverbNation e no My Space da banda.
Depois de três meses tocando como um power-trio acompanhados pela banda de apoio, através de uma conta no Facebook, Roger anuncia a entrada do novo guitarrista Marcos Kleine.
Com esta formação, a banda continua realizando shows pelas proximidades
da região sudeste do Brasil, devido ao medo de avião de Roger, o que
leva a banda conseguir agenda em shows que são possíveis a locomoção por
ônibus.
2010 - Atualmente
Em 2010, houve o anúncio do lançamento da biografia Nós Vamos Invadir sua Praia,
que mostra a história da banda.
O livro, escrito pela jovem jornalista
Andréa Ascenção, autora do agente literário Andrey do Amaral, vem
recheado com histórias, fotos, letras de músicas, depoimentos, etc.
O livro foi lançado em abril de 2011 pela Editora Belas Letras . Roger disse que pretende gravar ainda este ano um CD e DVD ao vivo, comemorando os 30 anos de carreira.
Desde junho de 2011, a banda fez parte do elenco do talk show Agora É Tarde,
como banda fixa. Com isso, a banda voltou a ter um maior destaque na
grande mídia, se apresentando em grandes festivais, como o SWU, onde tiveram problemas com a produção do cantor britânico Peter Gabriel, e no Revellion na Paulista. Recentemente, a banda lançou pela Deckdisc um álbum em parceria com os Raimundos, intitulado O Embate do Século: Ultraje a Rigor vs. Raimundos. A ideia do projeto é de que uma banda regrave da outra, e vice-versa.
No final de 2013, a banda anunciou a saída da Rede Bandeirantes e do Agora É Tarde, se juntando, assim, a Danilo Gentili, Léo Lins, Murilo Couto e Juliana Oliveira no novo late-night talk show brasileiro, The Noite do SBT.
- 2011-2013 - Agora É Tarde
- 2014-atualmente - The Noite
- 2014-Garoto Propaganda do Banco Santander
Integrantes
Formação atual
- Roger Moreira - Voz e Guitarra (1981-hoje)
- Mingau - Baixo e Vocais (1999-hoje)
- Bacalhau - Bateria e Vocais (2002-hoje)
- Marcos Kleine - Guitarra e Vocais (2009-hoje)
Integrante de apoio
- Ricardo Júnior - Vocais e pandeirola (2004-atualmente)
Ex-integrantes
- Leonardo Galasso (Leôspa) - bateria (1981-1990)
- Sílvio - baixo (1981)
- Edgard Scandurra - guitarra solo (1981-1983)
- Maurício Defendi - baixo (1981-1989)
- Carlo Bartolini (Carlinhos) - guitarra solo (1983-1987)
- Flávio Soares Suete - bateria (1990-2002)
- Osvaldo Fagnani - baixo (1989-1990) (em 2005, Oswaldo retornou ao Ultraje como tecladista e backing-vocal da banda de apoio do grupo)
- Heraldo Paarmann - guitarra solo (1990-2002)
- Sergio Luis Graciano Petroni (Serginho) - baixo (1990-1999)
- Sérgio Henrique Figueiredo Serra (Sérgio Serra) - Guitarra (1987-1990) (2002-2009)
Ex-integrantes de Apoio
- Andria Busic - baixo (1988-1989)
- Manito - saxofone, percussão, flauta e clarinete (2005-2011)
- Paulinho Campos - pandeirola e vocais (2005-2010)
- Osvaldo Fagnani - teclados, piano e vocais (2005-2009)
Discografia
Ver página anexa: Discografia de Ultraje a Rigor
Álbuns de estúdio
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Compilações
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