Candidata do PSB prometeu isentar impostos para o setor, caso seja eleita.
Em encontro com ciclistas, ela disse que estimulará o uso de bicicletas.
Reconhecida internacionalmente pela militância ambiental, a candidata do PSB à Presidência, Marina Silva,
defendeu nesta segunda-feira (22), data na qual cidades de todo o mundo
promovem o Dia Mundial Sem Carro, incentivos ao uso da bicicleta no
Brasil.
A ex-ministra do Meio Ambiente disse que, se eleita, isentará de
impostos a indústria da bicicleta.
Criado em 1997 na França, o Dia Mundial Sem Carro se espalhou pelo
mundo com o objetivo de estimular a reflexão sobre a dependência em
relação ao automóvel e estimular formas alternativas de mobilidade. A
mobilização foi realizada no Brasil, pela primeira vez, em 2001.
Para dar apoio à data de conscientização ambiental, Marina Silva se
encontrou com ciclistas em Brasília.
Apesar de incentivar a utilização
das bicicletas, a presidenciável chegou à agenda eleitoral de táxi.
A
assessoria da campanha do PSB informou que ela não sabe andar de bicicleta.
No compromisso eleitoral, Marina assinou uma carta na qual se
comprometeu a estimular o uso das bicicletas no país, se vencer a
eleição de outubro.
"A bicicleta é fundamental para a humanização da
cidade [...] É preciso criar meios de incentivo ao uso da bicicleta,
fomentar a indústria", ressaltou a candidatado PSB.
Segundo Marina, é preciso dar incentivos ao setor nos mesmos moldes do
que é feito com a indústria automobilística.
A ex-senadora comentou que,
atualmente, se paga 35% de impostos na fabricação de bicicletas no
Brasil.
Em meio ao pronunciamento, ela também se comprometeu a priorizar, se
eleita, políticas públicas que incentivem transportes alternativos, para
tentar reduzir o uso de carros particulares no país.
"Nós temos o
compromisso de ter, no mínimo, 1 mil quilômetros de vias para os VLTs,
os veículos leves sobre trilhos. Também temos o compromisso de construir
150 quilômetros de faixas para ônibus de rápido deslocamento", prometeu
Marina.
Palácio da Alvorada
Após o ato com os ciclistas, Marina Silva participou, em Brasília, de
um evento com educadores católicos.
Durante entrevista coletiva ao final
da agenda eleitoral, ela criticou o fato de a presidente Dilma Rousseff
usar o Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, para dar
entrevistas de campanha.
À revista "Época", o presidente do Tribunal
Superior Eleitoral (TSE), Antonio Dias Toffoli, classificou a prática de "vantagem indevida".
"O problema da reeleição é exatamente esse, de criar uma confusão entre
o uso institucional para o exercício da função e o uso dos meios e
equipamentos que são do estado para a campanha", disse Marina.
"Essa é
uma ambiguidade que será resolvida com o fim da reeleição, que eu estou
comprometida [...] que só terei quatro anos de mandato", complementou.
Indagada neste domingo (21) sobre a declaração do presidente do TSE,
Dilma usou de ironia para justificar a utilização da residência oficial.
Segundo ela, se não usasse o Alvorada, não teria outro lugar e seria uma "sem-teto".
Na entrevista desta segunda, Marina também aproveitou para rebater a
declaração da adversária petista de que há o risco de o Bolsa Família
ser extinto caso o PT perca a eleição presidencial.
Em compromisso
eleitoral no último sábado, Dilma disse explicitamente que os rivais vão acabar com o programa de transferência de renda.
"Manterei o Bolsa Família, que fique bem claro, porque estão dizendo aí
que vou acabar com tudo e vou acabar com o resto.
É tanta coisa,
gente", disse Marina. "Porque não dá para acreditar que uma pessoa possa
acabar com pré-sal, o Prouni, o Fies, o Pronatec, o Bolsa Família, o
Minha Casa Minha Vida, a transposição do São Francisco, a
Transnordestina, o 13º, as férias, privatizar a Petrobras, a Caixa
Econômica, o Banco do Brasil.
Se uma pessoa pode fazer isso, é porque
nós temos um país de papel", alfinetou a presidenciável do PSB.
IBGE
Marina Silva criticou também o fato de a presidente Dilma ter considerado “banal”
o erro na divulgação da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios
(Pnad) pelo IBGE na semana passada, que comprometeu indicadores de
desigualdade social.
Na avaliação de Marina, o governo federal não
deveria tratar esses problemas como se fossem banais e sim "com o nível
de preocupação que o problema requer”.
A candidata do PSB acusou ainda o IBGE de ser mal gerido e de ter
cargos diretivos ocupados por indicações políticas. “Eu só lamento que a
má gestão esteja prejudicando instituições que são tão respeitadas pela
sociedade”, enfatizou.
"Eu lamento que as indicações políticas que
muitas vezes não obedecem critérios técnicos […] dentro do próprio IBGE
possa causa."
Estado laico
Evangélica, Marina Silva também voltou a repetir no encontro com
educadores católicos que ela defende a diversidade religiosa.
De acordo
com a ex-senadora, apesar de o estado brasileiro ser laico, não quer
dizer que seja "ateu".
“Nosso estado laico assegura o direito de quem
crê, de quem não crê e assegura, sobretudo, que estado laico não é
estado ateu”, ponderou.
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