Em ofícios, empresas alegam falta de pagamento e dificuldades financeiras.
Documentos foram enviados para a Caixa Econômica Federal e o governo.
O Sindicato da Indústria da Construção Civil do Rio Grande do Norte
(Sinduscon/RN), anunciou a paralisação de obras do programa Minha Casa,
Minha Vida no estado.
De acordo com o ofício enviado pela entidade à
Caixa Econômica Federal e ao governo, a paralisação começa nesta
quarta-feira (29).
Nos ofícios, enviados nesta segunda-feira (27) para a Caixa e para o
governo, o Sinduscon explica que os pagamentos das obras vêm sofrendo
atrasos constantes desde dezembro de 2014, "criando sérias dificuldades
de caixa para as empresas construtoras".
"É importante também destacar que, os constantes atrasos levaram às
empresas a reduzir o ritmo das obras à níveis mínimos, encarecendo
substancialmente os custos administrativos, visto que obras com
cronogramas de execução previstos para 18 (dezoito) meses terão seus
prazos de execução prolongados no mínimo por mais 6 (seis) meses, caso
os pagamentos pendentes sejam regularizados, e a periodicidade dos
pagamentos retornem às condições iniciais", diz o ofício emitido pelo
Sinduscon.
Segundo o sindicato, diversos ofícios foram enviados anteriormente à
Caixa e ao governo, inclusive ao ministro das Cidades, Gilberto Kassab.
Entre as medidas sugeridas pela entidade para solucionar o conflito
estavam a abertura de créditos para as empresas envolvidas nas obras em
questão e o restabelecimento do pagamento por parte da Caixa e do Banco
do Brasil, com a periodicidade anterior. Entretanto, as partes não
chegaram a um acordo.
A paralisação deve afetar as obras acordadas nos contratos firmados do
Minha Casa, Minha Vida - Faixa 1, que beneficia famílias com renda de
até R$ 1.600, financiando 96% do valor do imóvel. Serão afetadas obras
de cinco municípios: Natal, Mossoró, São José de Mipibu, São Gonçalo do Amarante e Monte Alegre.
Para continuar com as obras, o sindicato exige o comprometimento de
quitação das parcelas previstas para o início de maio deste ano,
repactuação dos preços dos serviços em execução e pagamento de juros
sobre as parcelas atrasadas.
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