historia
alcione
Alcione Dias Nazareth (São Luís, 21 de novembro de 1947) é
uma cantora, instrumentista e compositora brasileira.
No ano de 2003, a cantora foi agraciada com o Grammy Latino
na categoria de melhor Álbum de samba.
Recebeu da Academia Brasileira de Letras
o Prêmio de Melhor Cantora Popular, além de receber o Prêmio TIM de Música como
melhor Cantora de Samba.
Participou do CD "Duetos", de Neguinho da
Beija-Flor, disco no qual interpretou, com o anfitrião, a música "Recomeço".
Foi homenageada pela Escola de Samba Unidos da Ponte do grupo especial do Rio
de Janeiro, com o enredo Marrom da Cor do Samba.
Lançou o disco Brasil de
Oliveira da Silva do Samba, no qual consta Tô Com Saudade (Augusto César e
Carlos Colla), FlaXFlu (Arlindo Cruz e Franco), Asas de Carcará (Gerude e
Augusto Tampinha) e Onde o Rio é Mais Baiano, com participação do compositor,
Caetano Veloso.
Ao longo de sua carreira, foi premiada com 21 discos de ouro,
cinco de platina e um duplo de platina. Em sua galeria de troféus - com cerca
de 350 peças - possui títulos e honrarias que poucos artistas conseguiram obter
ao longo de suas carreiras, tais como: Ordem do Rio Branco (a mais alta comenda
do Brasil), a Medalha Pedro Ernesto (concedida pela Assembleia Legislativa do
Rio de Janeiro), a Medalha do Mérito Timbira (a maior comenda concedida pelo
estado do Maranhão), foi escolhida como embaixadora do turismo do estado do Rio
de Janeiro e do estado do Maranhão.
E a emoção maior de apresentar-se para 500
mil pessoas em São Luis do Maranhão, quando foi convidada pela paróquia da Ilha
de São Luis para saudar o João Paulo II com canções como João de Deus, feita
especialmente para a visita do Papa ao Brasil.
Alcione Dias Nazareth nasceu em São Luís do Maranhão no dia
21 de novembro de 1947.
O nome de batismo foi ideia do pai, inspirado na
personagem Alcíone, a protagonista do romance espírita Renúncia, psicografado
por Chico Xavier. Ela é quarta dos nove irmãos: Wilson, João Carlos, Ubiratan,
Alcione, Ribamar, Jofel, Ivone, Maria Helena e Solange. Alcione tem mais nove
meio-irmãos que seu pai teve com outras mulheres. Sua mãe chegou a amamentar
algumas dessas crianças, tamanha generosidade e perdão que teve com as traições
do marido, já que as crianças não tinham culpa2 .
Desde pequena, graças ao pai policial e integrante da banda
de sua corporação, João Carlos Dias Nazareth, inserida no meio musical
maranhense, Alcione fez sua primeira apresentação já aos doze anos. O pai foi
mestre da banda da Polícia Militar do Maranhão e professor de música. Além
disso, foi compositor e eterno apaixonado pelo bumba-meu-boi, folguedo típico
da capital maranhense. Foi ele quem lhe ensinou, ainda cedo, a tocar diversos
instrumentos de sopro, como o trompete e clarinete que começou a praticar aos
nove anos.
Com essa idade, tocava e cantava em festas de amigos e
familiares, e na Queimação de Palhinha da festa do Divino Espírito Santo.
Sua
mãe, Filipa Teles Rodrigues, entretanto, guardava o desejo de que a filha
aprendesse a tocar acordeão ou piano. Não queria que Alcione aprendesse a tocar
instrumentos de sopro temendo que a filha ficasse tuberculosa, crendice comum à
época.
Sua primeira apresentação profissional foi aos 12 anos, na
Orquestra Jazz Guarani, regida por seu pai.
Certa noite, o crooner da orquestra
ficou rouco, sendo substituído pela menina. Na ocasião, cantou com sucesso a
canção Pombinha Branca e o fado Ai, Mouraria.
Alcione sempre conta que seu pai era bom homem e incentivava
as filhas a serem independentes desde muito cedo, a nunca obedecerem homem
nenhum, além de lhes ensinar valores morais rígidos.3
Aos 18 anos de idade formou-se como professora primária na
Escola de Curso Normal.
Lecionou por dois anos, quando foi demitida aos 20
anos, por ensinar a seus alunos como se tocava trompete, que seu pai lhe
ensinou quando pequena, querendo passar o aprendizado que recebeu, mas isso não
agradou a direção da escola, que na época era muito rígida4 .
Após a demissão, continuou a dedicar-se à música, e dessa vez
de forma mais intensa e exclusiva.
Conseguiu uma vaga em um sorteio e
apresentou-se na TV do Maranhão. Gostaram de sua voz e sua música, e assim
ficou fixa na TV, apresentando-se lá nos anos 1960 até meados dos anos 1970 e
além de cantar na TV, também cantava em bares e boates em várias cidades do
Maranhão. Querendo alcançar rumos maiores, Alcione mudou-se para o Rio de
Janeiro em 1976.
Não conhecia nada no Rio e quem lhe ajudou a se estabelecer
foi seu amigo, o cantor Everardo. Com ajuda dele também, Alcione começou cantando
na noite, onde Everardo lhe apresentou as boates e bares da cidade. Ensaiava no
Little Club, boate situada no conhecido Beco das Garrafas, reduto histórico do
nascimento da bossa nova, em Copacabana. Cantou também em boates como Barroco,
Bacarat, Holiday e Bolero.
Começou a se inscrever em programas de calouros, e foi sendo
chamada para se apresentar.
Destacou-se ao vencer as duas primeiras
eliminatórias do programa A Grande Chance, de Flávio Cavalcanti.
Nessa mesma
época, conheceu a famosa TV Excelsior. Se inscreveu e conseguiu fazer um teste
de voz, e passou com boa colocação. Assinou o primeiro contrato profissional
com essa TV, apresentando-se no programa Sendas do Sucesso. Seu sucesso foi
imediato e instantâneo.
Depois de seis meses na emissora, realizou turnê por quatro
meses pela América Latina, sendo a primeira vez que saiu do Brasil.
Após ter
feito excursão também por países da América do Sul, recebeu proposta de turnê
na Itália, e assim morou na Europa por dois anos.
Voltou ao Brasil em 1972 e
três anos depois ganhou o primeiro disco de ouro através do primeiro LP, A voz
do samba (1975).
"Não Deixe O Samba Morrer" quando começou a ser
executada nas rádios do país, permaneceu 22 semanas em primeiro lugar nas
paradas de sucesso. Em 2007 Alcione interpretou a cantora americana Lady Brown,
na minissérie Amazônia, de Galvez a Chico Mendes, na Rede Globo.5
Alcione nunca se casou oficialmente, apenas teve muitos
namorados.
Diz que viveu romances intensos e inesquecíveis na época que morou
na Itália, tendo tido diversos amantes por lá. Ao voltar para o Brasil, conta
quer se apaixonou por um italiano chamado Gino.
Morou com ele durante 13 anos.
Após a separação, conheceu um francês, e em pouco tempo de namoro, foram morar
juntos e viveram por mais de 10 anos.
Após o término da relação, namorou um
brasileiro, com quem viveu por mais de 15 anos.
Até hoje conta ser amiga de
seus ex-maridos e ex-namorados.
Mantém uma relação de amizade especial com
Gino, a quem considera seu amigo pessoal até hoje.
Revela que não quer mais
dividir a mesma casa com um namorado e diz que até os dias atuais ainda namora
e sai com os homens que lhe despertam interesse6 .
Por trabalhar demais e estar sempre viajando por diversos
países, isto contribuiu para seus namoros e casamentos não terem dado certo, e
também por isso adiou por muitos anos a maternidade.
Ao decidir ter um filho,
teve uma das maiores decepções da sua vida: Não poderia ser mãe. Sua idade já
estava avançada para ter um filho, pois tinha mais de 40 anos, e mesmo se
quisesse ter tido filhos antes não poderia, por ter problemas uterinos e
ovarianos de nascimento, que não a deixariam engravidar, fato que ela não
sabia, pois nunca tinha feito exames específicos para saber sobre sua
fertilidade ou se tinha algum problemas do aparelho reprodutor.
Até tentou
tratamentos laboratoriais, como inseminação, além de operações espirituais, mas
não obteve êxito em nenhuma tentativa7 .
Outra decepção que teve em sua vida foi a notícia de que
estava com séria doença na garganta e nas cordas vocais, e que só teria mais 1
ano para poder cantar.
Ela não permitiu que seus maiores sonhos, a música e o
canto, fossem tirados de sua vida.
Para isso, se operou espiritualmente em um
centro kardecista com Dr. Fritz, uma entidade espiritual.
Seguiu o ritual e
ficou calada por três dias, após a cirurgia. Por milagre, que até os médicos
ficaram surpresos, Alcione se curou e poderia cantar sem restrições, como
sempre fez8 .
Conta que não bebe mais e nunca fumou, e que foi criada no
catolicismo, mas diz que desde a cura de sua garganta se tornou kardecista.
Agradece a Deus pelo dom de cantar, já que nunca fez aula de canto e segundo os
maiores críticos do mundo, sua voz é perfeita para a música.9
Prêmios e homenagens[editar | editar código-fonte]
Alcione durante espetáculo no Clube Português, no Recife, em
28 de maio de 2011.
Considerada um dos orgulhos do Maranhão, a cantora Alcione
recebeu várias homenagens não apenas na sua terra natal como em diversas partes
do Brasil.
Apenas para citar as mais importantes, veja: Alcione virou nome de
um importante teatro, localizado no centro histórico de São Luís, sua terra
natal; em 2003 foi inaugurado, também em São Luís, o Elevado Alcione Nazareth,
um importante viaduto que liga os bairros Ipase e Vila Palmeira. No Rio de
Janeiro, foi tema de samba-enredo em 1994 da escola de samba Unidos da Ponte,
com o enredo Marrom da cor do samba, embora a cantora se declare amante da
escola de samba GRES Mangueira.
Foi homenageada pela Escola de Samba Unidos da
Ponte do grupo especial do Rio de Janeiro, com o enredo Marrom da Cor do Samba.
Lançou o disco Brasil de Oliveira da Silva do Samba, no qual consta 'Tô Com
Saudade.
Na sua terra natal foi homenageada pela Escola de Samba Turma do
Quinto em São Luís.
Em 2009, Alcione foi homenageada pela Escola de Samba
Juventude Imperial em Juiz de Fora, Minas Gerais.
Vários prêmios importantes da
MPB fazem parte de sua coleção. Além dos Prêmios Sharp de Música, dos quais ela
possui nove dos onze anos em que existiu, a artista é detentora de um sem
número de prêmios: Prêmio Caras, Globo de Ouro (da TV Globo), Rádio Globo, o
Antena de Ouro, entre outros.
Além desses, prêmios de grande vulto
internacional como: O Pensador de Marfim (concedido pelo Governo de Angola),
Personalidade Negra das Artes (concedido pelo Conselho Internacional de
Mulheres) e A Voz da América Latina (concedido pela ONU).
Alcione recebeu
diversos prêmios ao longo da carreira, dos quais vários discos de ouro e
platina. Uma prova disso é que desde o início do Prêmio Tim de Música que ela é
sempre eleita como a melhor cantora de samba.
Alcione também integra o chamado ABC do Samba: A - Alcione; B
- Beth Carvalho; e C - Clara Nunes.
Discografia[editar | editar código-fonte]
Universal Music / Philips[editar | editar código-fonte]
A Voz do Samba (1975)
Morte de Um Poeta (1976)
Pra Que Chorar (1977)
Alerta Geral (1978)
Gostoso Veneno (1979)
E Vamos à Luta (1980)
Alcione (1981)
Dez Anos Depois (1982)
Sony BMG / RCA[editar | editar código-fonte]
Vamos arrepiar (1982)
Almas e Corações (1983)
Da cor do Brasil (1984) (Ouro)
Fogo da vida (1985) (Ouro)
Fruto e raiz (1986) (Platina)
Nosso nome: resistência (1987) (Platina)
Ouro & Cobre (1988) (Ouro)
Simplesmente Marrom (1989) (Ouro)
Emoções Reais (1990)
Promessa (1991)
Pulsa, coração (1992) (Ouro)
Brasil de Oliveira da Silva do Samba (1994) (Ouro)
Profissão: Cantora (1995)
Tempo de Guarnicê (1996)
Maxximum (Alcione) (2005)
Universal Music / Polygram[editar | editar código-fonte]
Valeu - Uma Homenagem à Nova Geração do Samba (1997) (Ouro)
Celebração (1998) (Ouro)
Claridade (1999) (Ouro)
Nos Bares da Vida (2000) - ao vivo (Platina)
A Paixão tem Memória (2001) (Ouro)
Indie Records[editar | editar código-fonte]
Ao Vivo (2002) (Platina)
Ao Vivo 2 (2003) (Platina)
Alcione - Duetos(2004)
Faz Uma Loucura por Mim (2004) (Platina)
Faz Uma Loucura por Mim - Ao Vivo (2005)
Alcione e Amigos (2005)
Uma Nova Paixão (2005) (Ouro)
Uma Nova Paixão - Ao Vivo (2006) (Ouro)
Coleções - Grandes Sucessos de Alcione (2007)
De Tudo Que eu Gosto (2007)
Raridades (2008)
Acesa (2009)
Televisão[editar | editar código-fonte]
Zorra Total.... ela mesma (2011)
Cheias de Charme.... ela mesma (2012)
Salve Jorge.... ela mesma (2013)
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