Dos 1.121 homicídios de 2015, 169 ocorreram dentro de residências ou em locais de trabalho.
O Rio Grande do Norte teve, até esta terça-feira (15), 1.121
homicídios durante o ano.
Os dados são da Coordenadoria de Informações
Estatísticas e Análises Criminais (Coine), da Secretaria de Segurança e
Defesa Social do Estado (Sesed).
No levantamento, a Coine indicou os
principais locais genéricos de crimes violentos letais intencionais
(CVLI).
As residências e locais de trabalho estão entre os principais
locais de homicídios no estado.
Pelo estudo, aproximadamente a metade das mortes ocorrerem em via
pública.
Dos 1.121, 563 ocorreram nas ruas ou calçadas dos municípios do
estado, com mais 27 ocorrendo em favelas ou áreas sem urbanização e
duas em feiras livres.
O segundo local em que mais ocorreram mortes
foram as residências ou locais de trabalho das vítimas, onde 169 foram
mortos, seguido por áreas de "desova" (matagal, margens de rios e
terreno baldio), com 87 homicídios.
No ano, 563 pessoas foram mortas em via pública.
Ainda de acordo com o levantamento, 78 pessoas foram mortas em bares do
estado, 64 em sítios ou fazenda, 47 foram executadas às margens de
estradas carroçáveis e 18 em locais com festividades.
O número de
pessoas mortas dentro de presídios é o mesmo que em praias de
veraneio: 9. Ao todo, 47 mortos tiveram como origem conhecida somente a
passagem por hospital e um não teve o local de morte identificado.
Para
o coordenador de Informações Estatísticas e Análises Criminais, Ivênio
Hermes, os dados mais preocupantes são com relação às mortes em bares e
dentro das residências.
"Já repassamos à Sesed, no mês passado, os dados
referentes às mortes em bares para que possa ajudar a adoção de medidas
a coibir esse tipo de crime. Já dentro das residências, o problema é
maior", disse Ivênio Hermes.
Mortes em terrenos baldios e estradas carroçáveis também têm números alarmantes.
Pelos números, Ivênio Hermes afirma que está comprovada a dificuldade em
se evitar crimes domésticos devido à impossibilidade da Polícia de
atuar ostensivamente nesses casos. Segundo ele, é preciso que políticas
públicas voltadas à proteção de mulheres e crianças, que são algumas
desses
Gráfico mostra locais genéricos de crimes no RN
as vítimas, sejam implementadas."É um trabalho de gestões paralelas, não somente de segurança. São mortes de pessoas dentro das próprias casas, o que é difícil de se impedir.
É
algo importante para ser evidenciado para que haja políticas publicas
voltadas para essas pessoas", avaliou.
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