Passados três programas, a análise que se faz da quarta temporada do "The Voice Brasil" é que o reality vai precisar ser olhado com mais carinho pela Globo nos próximos tempos, se a tendência vista nas audições às cegas continuar.
A incoerência e falta de certeza em decisões estão fazendo os jurados
Lulu Santos, Claudia Leitte, Carlinhos Brown e o novato Michel Teló
serem questionados pelo público, principalmente nas redes sociais. E de
fato, os quatro estão ruins nesta temporada.
Todos
estão inseguros quando vão aprovar algum cantor. Pior: no programa
exibido nesta quinta-feira (16), foi visível que eles estão escolhendo
calouros juntos, quando a própria graça do formato é que um jurado
escolha um cantor apenas pela voz, através de seu gosto pessoal.
Além
disso, a falta de critério na decisão tem me chamado muita atenção. A
maior delas ocorreu também no episódio de ontem.
A incoerência nas escolhas foi tão grande, que este colunista ficou
deveras irritado no final do programa. Explico: dois candidatos sem a
menor condição foram aprovados.
O primeiro deles foi o cantor de
sertanejo universitário Matheus Zuck, de 18 anos.
Matheus performou Luan
Santana e começou até bem tocando gaita, mas sua voz simplesmente não
era boa, não saía, não fluiu na apresentação.
No entanto, Carlinhos Brown virou para ele, surpreendendo a todos nas redes sociais, inclusive a mim, no fim da apresentação.
Depois, na audição às cegas também para o público, a cantora Adna
Souza foi aprovada pelos quatro em decisão conjunta (!!!). Neste caso,
duas coisas me assustaram profundamente.
A primeira foi que todos viraram para a garota apenas por curiosidade
de saber se aquela voz era de um homem ou de uma mulher (eu,
pessoalmente, me surpreendi aí, porque achava que era um homem), o que
não poderia acontecer. Se tinham curiosidade, esperassem a apresentação
findar e matassem sua sede.
A segunda foi a aprovação da garota. Com todo o respeito, mas a voz
dela é extremamente estranha e sem dicção alguma. Para uma programa do
nível do "The Voice", a aprovação mostrou mais uma vez a falta de
critério.
Critério este que foi mais posto em dúvida ainda nas duas últimas
apresentações.
A potiguar Fernanda Azevedo fez uma ótima interpretação
de "Xote das Meninas", superior a apresentação dos dois últimos
aprovados da noite, e não teve a cadeira virada. Até mesmo a plateia
ficou sem entender. Eu menos ainda.
Depois, a baiana Larissa Mello (foto/abaixo) interpretou "Cabide", em
outra boa performance.
No final da música, eu fiquei pasmo que todos
ainda não tinham virado a cadeira. Por sorte, Carlinhos Brown salvou os
jurados do vexame que seria perder aquela voz.
Se a tendência de incoerência continuar, poderemos ter seriamente a pior
temporada do "The Voice Brasil" desde sua chegada por aqui. Temos bons
cantores, sim, mas a maioria aprovada até aqui deixa a desejar ao que
foi apresentado nos outros três anos.
Espero que não tenhamos uma
competição nivelada por baixo por erros nas escolhas.
O critério precisa ser melhor definido e, caso não seja, cabe a Globo
começar a pensar em outros jurados que tenham mais certeza em suas
decisões.
Fonte: natelinha
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