segunda-feira, 30 de novembro de 2015

"Vingança é um prato que se come frio", diz vice da RedeTV! sobre "Pânico".

Marcelo de Carvalho com o quarteto do programa "Encrenca", na sede da RedeTV!
Marcelo de Carvalho com o quarteto do programa "Encrenca", na sede da RedeTV!

Vice-presidente e apresentador da Rede TV!, Marcelo de Carvalho não esconde a satisfação de vencer o "Pânico" no Ibope. Ironicamente, o programa que já foi a maior a audiência da RedeTV!, e desde 2012 é apresentado pela Band, vem sofrendo derrotas sucessivas para o "Encrenca" justamente no horário no qual se consagrou na televisão.

"Como neto de italiano calabrês, minha avó dizia que a vingança é um prato que se come frio. 

Então, como pessoa física, estou comendo em prato frio a minha vingança. Estou muito satisfeito. 

Mas, como empresário não estou porque gostaria que vários canais estivessem programas fazendo sucesso, pois isso favoreceria a fragmentação da audiência que nos favorece", disse o ex-patrão da trupe de Emílio Surita.

O empresário explica a decepção que teve com os humoristas do "Pânico". "Na televisão, todos têm o direito de sair de um canal. Artista vai e vem. Atração vai e vem. Isso é do nosso ramo. 

O que eu fiquei chateado, magoado, foi a maneira como eles saíram. Isso não se faz. Você não cospe no prato que comeu. Tanto o Tutinha, quanto o Emílio ganharam milhões de reais aqui, então não dá para sair falando mal", avaliou.

Dono da Jovem Pan e idealizador do "Pânico" na TV, Antônio Augusto Amaral de Carvalho Filho, mais conhecido como Tutinha, disse para Ricardo Feltrin, após acertar a ida para a Band, que na nova casa teria "verba e estrutura decentes". 

No lançamento do "Saturday Night Live", em março de 2012, Carvalho já havia demonstrado sua decepção com o criador do "Pânico". 

"Tutinha e Emílio recebiam metade do faturamento do 'Pânico'. O restante tínhamos que dividir entre os outros humoristas e a produção. É uma mentira, uma injustiça, uma sacanagem ele dizer isso". 

O executivo também ficou chateado porque, em suas palavras, "foi pego de surpresa" pela saída do programa que lançou nomes como Sabrina Sato, Wellington Muniz (o Ceará) e Márvio Lúcio (o Carioca).

Na opinião do empresário, o público perdeu o interesse porque, na concorrência, o grupo teria se desviado do humor original e irreverente pelo qual ficou conhecido. "Acho que o 'Pânico' perdeu a mão. 

O Emílio e o Tutinha perderam o caminho... Quando estavam aqui, tinha um negócio de inovação, de estar à frente, de não apelar e não ter muita baixaria. 

Hoje nem os meus filhos assistem ao 'Pânico', e não é algo que eu imponho a eles", afirma Carvalho, que é casado com a apresentadora Luciana Gimenez.

O empresário se lembrou dos vários programas de humor que foram testados pela RedeTV! após a saída do "Pânico", inclusive a versão brasileira de "Saturday Night Live" com Rafinha Bastos, e comemorou os resultados do "Encrenca". 

A disputa de audiência está acirrada, com uma pequena vantagem para a RedeTV!. No dia oito, por exemplo, o "Encrenca" teve 5,55 pontos no Ibope, contra 4,96 do concorrente. Uma semana depois, o placar foi de 4,85 para o "Encrenca" contra 4,26 para o "Pânico" e, no último domingo, o humorístico da RedeTV! bateu um novo recorde, chegando a 5,9 contra 4,73 do seu principal concorrente no horário em que os dois programas confrontaram.

"O público do 'Encrenca' é o público original do 'Pânico'. O 'Encrenca' faz um programa interativo, e sem baixaria. 

O grande programador do 'Encrenca' é o público. O que está mais na moda do que WhatsApp, rede social?", disse Carvalho, citando as formas de participação dos telespectadores, que enviam vídeos divertidos para o programa.

fim de ano premiado


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