Ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu vai ter de esperar o julgamento
na Lava Jato para saber como cumprirá o restante da pena no caso do
mensalão.
O ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal
(STF), decidiu aguardar uma definição do juiz Sérgio Moro, do Paraná,
antes de julgar o pedido da Procuradoria-Geral da República de mandar o
petista de volta para o regime fechado.
"Considerando que o sentenciado encontra-se preso preventivamente, sendo
por ora irrelevante a decisão sobre regressão de regime, aguarde-se a
sentença a ser proferida pelo Juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba",
despachou o ministro Barroso.
O procurador-geral da República,
Rodrigo Janot, pediu em outubro ao STF que Dirceu perca o benefício do
regime aberto em prisão domiciliar, adquirido no cumprimento da pena do
mensalão, depois que o ex-ministro voltou a ser preso por envolvimento
no esquema de corrupção da Petrobras.
Para Janot, há indícios de
que Dirceu cometeu crimes após a condenação pelo mensalão.
O
procurador-geral argumenta que não seria preciso esperar o julgamento na
Lava Jato para que o ex-ministro voltasse ao regime fechado.
O
petista foi condenado a 7 anos e 11 meses em 2013 por corrupção ativa no
escândalo do mensalão e progrediu de regime em novembro do ano passado.
Dirceu está em prisão preventiva desde o dia 3 de agosto em Curitiba,
onde tramitam os processos da Operação Lava Jato que correm em primeira
instância.
Na Lava Jato, Dirceu foi denunciado pelos crimes de
corrupção, lavagem de dinheiro e formação de quadrilha.
De acordo com as
investigações da Polícia Federal, ficou comprovado que o ex-ministro
comandava um esquema de recebimento de propina que beneficiava o
ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, o ex-diretor da Petrobras Renato
Duque, entre outros.
fonte: AE
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