segunda-feira, 28 de dezembro de 2015

Minha Casa Minha Vida deverá ser financiado com 90% de recursos do FGTS, diz jornal.

Minha Casa Minha Vida

Minha Casa Minha Vida (Foto: Divulgação/GOV)
Reportagem do Estadão afirma que governo "terceirizará" programas como Minha Casa Minha Vida e Pronatec em 2016

    A partir de 2016, programas como Minha Casa Minha Vida e Pronatec terão menor participação do Tesouro Nacional, destaca reportagem do Estadão nesta segunda-feira (28). 

Segundo o jornal, no programa habitacional, 90% dos recursos deverão vir do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS). Com a criação do Minha Casa Minha Vida em 2009, o FGTS atuava principalmente nas faixas 2 e 3. Nas operações com desconto, o fundo entrava com 82,5% e o Tesouro com 17,5%.

A partir da Resolução 783/2015 do Conselho Curador do FGTS, foi autorizado o desconto também para a faixa 1 (que, com a última mudança, atende a famílias com renda de R$ 1,6 mil). 

Nos últimos anos, no entanto, segundo o Estadão, o fundo pagou a totalidade dos subsídios para cobrar da União depois. 

"O governo pediu uma intervenção no Minha Casa Minha Vida. Agora quem paga esse programa são os trabalhadores brasileiros e isso tem de ficar claro para a população", afirma Luigi Nese, representante da Confederação Nacional de Serviços (CNS) no conselho curador do FGTS, ao jornal. 

Já o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), voltado para o ensino técnico e profissional, que teve as receitas cortadas pelo Congresso – de R$ 4 bilhões em 2015 para R$ 1,6 bilhão em 2016 – deve ser bancado, em boa parte, pelo Sistema S.

"Está praticamente certo que boa parte do programa será bancada pelo Sistema S, mas o valor ainda não foi definido. 

Para isso, o governo vai reduzir a parcela da contribuição que as empresas são obrigadas a fazer para essas entidades, que incluem Sesi, Senai, Senac e Sebrae, para destinar a diferença ao Pronatec. Atualmente, as alíquotas variam de 0,2% a 2,5% do faturamento. Se a redução for de 20% a 30%, a perda para as entidades ficará entre R$ 5 bilhões e R$ 6 bilhões", diz o jornal.

Reunião com novo ministro

A presidente Dilma Rousseff vai se reunir nesta segunda-feira, em Brasília, com o novo ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, do Planejamento, Valdir Simão, e com o ministro da Casa Civil, Jaques Wagner, para discutir o fechamento das contas da União de 2015, que precisa estar concluído até a quinta-feira (31). 

Uma das principais definições é referente ao pagamento das chamadas pedaladas fiscais, que serviram de base para o pedido de impeachment de Dilma, estimadas em R$ 57 bilhões.

Fonte:  o Estadão



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