terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Mesmo com volta das chuvas, cai nível d'água nos reservatórios do RN.


Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, maior reservatório do RN, está com 25% da capacidade. Este é o mais baixo volume de sua história   (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, maior reservatório do RN, está com 20,63% da capacidade. Este é um dos níveis mais baixos de sua história.

Medições também mostram redução no volume das maiores bacias do estado.Dados são da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh).

   As chuvas que vêm caindo com certa intensidade desde o início do ano no interior do Rio Grande do Nortenão estão sendo suficientes para amenizar os efeitos da estiagem histórica que assola o sertão potiguar. 

A prova são os níveis das bacias potiguares, cada vez mais baixos. De acordo com boletim divulgado nesta terça-feira (16) pela Sala de Situação da Secretaria Estadual do Meio Ambiente e dos Recursos Hídricos (Semarh), em todas as grandes barragens ou açudes do estado houve queda no volume de água armazenada. Nove reservatórios estão completamente secos.

  Na Bacia do Rio Piranhas/Assu, na região Central do estado, o nível atual é de 17,88% da capacidade total. Estava com 18,12% em dezembro do ano passado. 

Na Bacia Apodi/Mossoró, a queda foi mais acentuada: baixou de 23,08% para 22,09%.

Nas demais bacias também houve uma baixa  no volume de água. Na Bacia Trairi caiu de 4,66% para 4,30%; Na Bacia Jacú passou de 4,20% para 4,10%. 

Já nas bacias Ceará-Mirim (17,98%) e Potengi (10,67%), os volumes se mantiveram sem alteração nestes últimos meses.

Seca histórica



Reservatórios

A queda no volume das bacias é reflexo da redução da água armazenada nos reservatórios. 

No maior deles, na Barragem Engenheiro Armando Ribeiro Gonçalves, o nível caiu de 20,84% para 20,63%. 

A medição compara o nível de água existente no final de dezembro do ano passado com o volume do dia 10 deste mês, data da última verificação. 

A Armando Ribeiro fica na região do Vale do Açu e tem capacidade para até 2,4 bilhões de metros cúbicos de água. 

Atualmente, encontra-se com pouco mais de 495 milhões de metros cúbicos. 

Este é um dos níveis mais baixos da história do reservatório, que foi inaugurado em 1983.

Barragem de Santa Cruz, em Apodi  (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Barragem de Santa Cruz, em Apodi.


  Na segunda maior barragem do estado, a de Santa Cruz, a situação é a mesma. Em dezembro marcava 31,43% da capacidade. 

Já no dia 26 de janeiro, estava com 30,44%. O reservatório fica na cidade de Apodi, na região Oeste potiguar, e pode armazenar até 599,7 milhões de metros cúbicos de água.

Açude Boqueirão, em Parelhas, também está com nível baixo  (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Açude Boqueirão, em Parelhas, também está com nível baixo .

Na terceira maior, a barragem de Umari, o nível caiu de 20,16% para 18,56% ainda segundo medições feitas entre dezembro do ano passado e 26 de janeiro deste ano. 

Umari fica no município de Upanema, também na região Oeste, e pode armazenar até 292,8 milhões de metros cúbicos de água.

Em outro grande reservatório do estado, o Açude Boqueirão, o volume de água também foi reduzido apesar das chuvas que vêm caindo constantemente na região Seridó. 

Estava com 7,53% em dezembro. Agora, segundo medição feita no dia 12 deste mês, encontra-se com 6,95%. 

À direita, o Gargalheiras em 2011, quando ainda ocorria a sangria, a cascata artificial; à esquerda, nos dias atuais, sob a seca (Foto: Canindé Soares e Anderson Barbosa/G1)
À esquerda, o Gargalheiras em 2011, quando a barragem sangrou pela última vez.; à direita, nos dias atuais, sob a seca histórica que atinge o estado.

O Boqueirão fica na cidade de Parelhas e suporta até 84,7 milhões de metros cúbicos de água.

  O Açude Gargalheiras é outro importante reservatório potiguar. Fica em Acari, também na região Seridó. 

A capacidade é de 44,4 milhões de metros cúbicos. Quando cheio, suas águas passam por cima da parede e formam uma cascata artificial com quase 30 metros de queda - um espetáculo que atrai milhares de visitantes. 

A última vez que isso aconteceu foi em 2011. Em dezembro, no entanto, as águas baixaram tanto que o volume chegou a marcar 0,3% da capacidade. 

O nível, que já é o mais baixo da história da barragem, se manteve o mesmo segundo medição feita no dia 25 de janeiro.


Alívio

Embora a maioria dos reservatórios do estado apresente queda no nível de água armazenada, o boletim da Semarh também mostra que há exemplos de ganho de volume. Em alguns, a recuperação foi mínima. É o caso do Açude Itans, que abastece o município de Caicó, na região Seridó. Estava com 1,35% de sua capacidade em dezembro, dentro do chamado 'volume morto'. Agora, de acordo com medição feita no dia 11 deste mês, passou para 1,36%. 

Com menos de 4% da capacidade, açude Itans, em Caicó, entrou no volume morto (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Com 1,36% da capacidade, açude Itans, em Caicó, encontra-se no volume morto.

O açude tem capacidade para até 81,7 milhões de metros cúbicos de água.


  O que mais ganhou volume foi o Açude Beldroega, em Paraú, município da região Oeste. 

O reservatório, que tem capacidade para pouco mais de 8 milhões de metros cúbicos de água, chegou a marcar 17,95% em dezembro. Contudo, segundo foi verificado no dia 27 de janeiro, aparece com quase o dobro disso: 30,60%.


Secos

No final do ano passado, doze reservatórios estavam completamente sem água. Destes, voltaram a acumular água o Açude Malhada Vermelha, em Severiano Melo, agora com volume de 2,37%; Açude do Brejo, em Olho D'Água do Borges, que está com 0,82% da capacidade; e Açude do Santo Antônio, em Caraúbas, que encontra-se com 2,53% do total. 


Atualmente, nove reservatórios estão totalmente secos. São eles: Açude Bonito II, em São Miguel; Açude Santana, em Rafael Fernandes; Barragem de Pau dos Ferros, em Pau dos Ferros; Açude Jesus Maria José, em Tenente Ananias; Barragem de Pilões, em Pilões; Açude do Apanha Peixe, em Caraúbas; Barragem de Lucrécia, em Lucrécia; Açude Alecrim, em Santana do Matos; Açude Dourado, em Currais Novos. Este último, sem água há quase dois anos.

Açude Dourado, em Currais Novos, secou há quase dois anos (Foto: Anderson Barbosa/G1)
Açude Dourado, em Currais Novos, secou há quase dois anos.

postado por cicero luis
Fonte:  G1 Rn

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