O crescimento de possíveis pacientes com Chigungunya tornou a doença um
dos assuntos mais falados nos últimos tempos.
Apontada como grave
problema de saúde pública, até o início de maio o número de casos
suspeitos chegava a 17 mil.
Uma das características mais marcantes da doença é forte dor nas
articulações, dificultando a locomoção do paciente.
Para amenizá-las,
costuma-se prescrever o uso de analgésicos como Dipirona e Paracetamol.
Entretanto, o alívio para o desconforto causado é mínimo. Segundo
especialistas, foi desenvolvido um protocolo de orientação para os
pacientes porque há algumas restrições para o uso de medicamentos na
fase final da doença.
Como, por exemplo, não é recomendado o uso de anti-inflamatórios na
primeira etapa porque se o paciente estiver com Dengue – os sintomas são
semelhantes - e não a febre Chikungunya, ele corre o risco de ter
hemorragia. Saiba mais!
Acompanhamento com reumatologista pode ser necessário
De acordo com especialistas, enquanto as dores da Dengue são
consideradas moderadas, os sintomas da Zica se classificam de leves a
moderados.
Em compensação, as dores da febre Chikungunya estão entre
moderadas e intensas.
Um paciente que chega ao quadro mais grave da doença acaba seguindo
para a fase subaguda.
Segundo dados científicos, cerca de 80% dos
doentes entram nessa fase identificada pela piora das dores articulares,
mesmo não tendo mais febre.
Então, quem permanece por mais de três meses sentindo essas dores
acaba atingindo a fase classificada como crônica da doença e de acordo
com dados do Ministério da Saúde, estes sintomas podem durar até três
anos.
É a partir das fases subaguda e crônica, tendo diagnóstico e quadro
clínico mais preciso que se inicia tratamento a base de
anti-inflamatórios esteroides ou não esteróides (corticoides).
Além disso, muitos pacientes que atingem a última fase da doença
precisam ser acompanhados por um reumatologista. Antes, se faz uma
análise para identificar em qual escala de dor ela se encontra, medida
de 0 a 10.
Os médicos explicam que casos mais intensos, com dores níveis 9 e 10,
necessitam desse acompanhamento porque, às vezes, pode haver a
necessidade de prescrever medicamentos derivados de morfina.
No caso das crianças vítimas da doença, o protocolo de tratamento é
semelhante ao dos adultos. Porém, considera-se a ressalva das medicações
que não são recomendadas para a fase infantil.
Riscos causados pela Chikungunya
Alguns pacientes com a febre Chikungunya sofrem perda de massa muscular,
podendo, também, apresentar quadros de incapacidade funcional.
Nesses
casos, o tratamento pode contar, ainda, com fisioterapia e acupuntura.
De acordo com profissionais, os pacientes com risco maior de entrarem
na fase crônica, identificada pelo comprometimento das articulações,
são pessoas acima dos 45 anos, portadoras de doenças articulares
pré-existentes.
Geralmente, o sintoma mais comum durante esta fase é o acometimento
articular, persistente e semelhante à artrite reumatóide. Fadiga,
rigidez matinal, artrite, tenossinovite e sintomas neurológicos podem
surgir ou não.
Por conta de toda essa problemática, não se deve automedicar.
Principalmente com o uso de corticóides, para evitar riscos como, por
exemplo, retorno dos sintomas quando a medicação for suspensa.
O ideal é que essa suspensão ocorra por um especialista e de forma
moderada.
Além disso, na fase crônica da artrite provocada pela
Chikungunya, além do uso de corticóides há, também, a possibilidade da
prescrição de drogas usadas no tratamento da artrite reumatóide.
postado por cicero luis
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