quinta-feira, 26 de maio de 2016

Dor da Chikungunya pode durar três anos, dizem especialistas.


Divulgação

   O crescimento de possíveis pacientes com Chigungunya tornou a doença um dos assuntos mais falados nos últimos tempos. 

Apontada como grave problema de saúde pública, até o início de maio o número de casos suspeitos chegava a 17 mil.
   
Uma das características mais marcantes da doença é forte dor nas articulações, dificultando a locomoção do paciente. 

Para amenizá-las, costuma-se prescrever o uso de analgésicos como Dipirona e Paracetamol.

Entretanto, o alívio para o desconforto causado é mínimo. Segundo especialistas, foi desenvolvido um protocolo de orientação para os pacientes porque há algumas restrições para o uso de medicamentos na fase final da doença.
Como, por exemplo, não é recomendado o uso de anti-inflamatórios na primeira etapa porque se o paciente estiver com Dengue – os sintomas são semelhantes - e não a febre Chikungunya, ele corre o risco de ter hemorragia. Saiba mais!

Acompanhamento com reumatologista pode ser necessário


De acordo com especialistas, enquanto as dores da Dengue são consideradas moderadas, os sintomas da Zica se classificam de leves a moderados. 

Em compensação, as dores da febre Chikungunya estão entre moderadas e intensas.
Um paciente que chega ao quadro mais grave da doença acaba seguindo para a fase subaguda. 

Segundo dados científicos, cerca de 80% dos doentes entram nessa fase identificada pela piora das dores articulares, mesmo não tendo mais febre.

Então, quem permanece por mais de três meses sentindo essas dores acaba atingindo a fase classificada como crônica da doença e de acordo com dados do Ministério da Saúde, estes sintomas podem durar até três anos.

É a partir das fases subaguda e crônica, tendo diagnóstico e quadro clínico mais preciso que se inicia tratamento a base de anti-inflamatórios esteroides ou não esteróides (corticoides).
Além disso, muitos pacientes que atingem a última fase da doença precisam ser acompanhados por um reumatologista. Antes, se faz uma análise para identificar em qual escala de dor ela se encontra, medida de 0 a 10.
    
Os médicos explicam que casos mais intensos, com dores níveis 9 e 10, necessitam desse acompanhamento porque, às vezes, pode haver a necessidade de prescrever medicamentos derivados de morfina.

No caso das crianças vítimas da doença, o protocolo de tratamento é semelhante ao dos adultos. Porém, considera-se a ressalva das medicações que não são recomendadas para a fase infantil.



Riscos causados pela Chikungunya

Alguns pacientes com a febre Chikungunya sofrem perda de massa muscular, podendo, também, apresentar quadros de incapacidade funcional. 

Nesses casos, o tratamento pode contar, ainda, com fisioterapia e acupuntura.
De acordo com profissionais, os pacientes com risco maior de entrarem na fase crônica, identificada pelo comprometimento das articulações, são pessoas acima dos 45 anos, portadoras de doenças articulares pré-existentes.
Geralmente, o sintoma mais comum durante esta fase é o acometimento articular, persistente e semelhante à artrite reumatóide. Fadiga, rigidez matinal, artrite, tenossinovite e sintomas neurológicos podem surgir ou não.

Por conta de toda essa problemática, não se deve automedicar. Principalmente com o uso de corticóides, para evitar riscos como, por exemplo, retorno dos sintomas quando a medicação for suspensa.
O ideal é que essa suspensão ocorra por um especialista e de forma moderada. 

Além disso, na fase crônica da artrite provocada pela Chikungunya, além do uso de corticóides há, também, a possibilidade da prescrição de drogas usadas no tratamento da artrite reumatóide.

postado por cicero luis

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