Encarnação (Selma Egrei), finalmente, vai encontrar Martim (Lee
Taylor) em “Velho Chico”. E é Iolanda (Christiane Torloni) quem promove o
reencontro entre a avó e o neto. Como Martim se recusa a ir até a
fazenda do pai, Iolanda o convence a ver a avó na igreja. Encarnação,
claro, fica emocionadíssima em rever o neto — que insiste em não voltar
para a casa de Afrânio (Antônio Fagundes).
"Eu não aguento um segundo
nessa terra longe de você!", fala ela. Martim sente o fardo da dor que a
senhora carrega... "Depois que você se foi minha vida foi rezar para
você voltar e rezar para morrer!", continua ela. Ele se sente culpado:
"Pelo amor de Deus, vó... Não diga isso nem de brincadeira!".
"Eu digo,
Martim... Digo porque é verdade! Mas a culpa disso é minha... Gastei o
pôco de amô que tinha contigo, meu filho... E, se você se fô, vai levá o
único motivo que eu tenho pra me mantê viva!", diz ela.
Martim
fala que Deus não há de permitir que ela morra de saudades. "Se Deus num
quisé me levá, eu me atirô nesse rio maldito! Mais num passo um só dia
longe de você ôtra vez", diz ela. "Eu não posso viver com essa
culpa...", responde ele. Encarnação o interpela, firme: "Não estou
pedindo isso por você, estou pedindo por mim! Não quero sabê o que
aconteceu, nem porque... Mas você arrume sua vida e volte pra Grotas...
Eu vô tratá de ficá viva até lá!".
"A senhora me perdoe, mas eu não...",
diz ele, que é interrompido por ela de novo: "Eu vou mandar rezar uma
missa para reabertura da capela... É o tempo que você tem pravoltápra
essa família ou ir simbora de vez! Quero você aqui para a missa, Martim,
ou você pode caí nesse mundo pra sempre, e não precisa se dá nem ao
trabalho de voltá!".
Encarnação se prepara para ir embora e ele
se despede dela. "Adeus, vó!", fala Martim, em em tom de despedida.
Encarnação não se abala e responde para padre Benício (Carlos Vereza),
como se não tivesse ouvido nada:
"O padre quando puder me adiante essa
missa na capela, viu? Do jeito que anda eu morro e ela não abre nem para
a missa de sétimo dia!". Toca na direção de casa, deixando Benício,
Iolanda e Martim boquiabertos com seu vigor. Iolanda acompanha a sogra e
o jovem agradece ao padre por ter contado a verdade à madrasta. "Que
você e Deus me perdoem por isso um dia, meu filho. Mas tem certas horas
que fazer o certo não é fazer o direito!", diz o religioso.
"Nesse caso o
senhor estava certo, padre... Tanto certo quanto direito! Quando fui
embora de Grotas não tive a chance de me despedir dessas duas mães que a
vida me deu. Acho que eu não iria me perdoar nunca se não tivesse tido
essa chance! Muito obrigado, padre... Muito obrigado por não ter
desistido dela, e nem de mim! Agora era bom o padre ir indo se não
quiser perder a hora outra vez!", diz ele, alegre com o reencontro.
postado por cicero luis
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