segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Prefeito Marcelo Crivella toma posse na Câmara Municipal.

Novo prefeito faz discurso afirmando que governará 'com imenso senso de responsabilidade, prudência, fé e sem medo'. Ele se empenhará na luta contra as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

  Rio - Eleito prefeito do Rio de Janeiro com 1.700.030 votos, Marcelo Crivella (PRB) tomou posse neste domingo, dia 1º de janeiro, na Câmara Municipal, no Centro. 

O agora ex-senador iniciou o discurso saudando os vereadores, que também tomaram posse minutos antes, como "notáveis homens públicos conduzidos à Câmara pela soberania do povo". 
 

Em pouco mais de meia hora no palanque, Crivella agradeceu a Deus, dizendo que a sua eleição não é "mérito pessoal", e sim, "uma graça". 

Ele citou algumas das medidas previstas nos 78 decretos publicados em edição extra do Diário Oficial do município, que tratam de temas como saúde, transporte e transparência administrativa. 

Questionado sobre qual é o mais importante dos 78 decretos, Crivella citou aquele que trata da "preparação para o combate às doenças do verão, sobretudo chikungunya, dengue e zika", todas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.

A maioria dos decretos trata de planos a serem desenvolvidos, como a criação de um esquema de segurança especial para o desfile dos blocos de rua durante o carnaval. 

Mas outros impõem medidas de execução imediata, como o corte de 50% dos gastos com cargos comissionados e a suspensão da cobrança de pedágio para motos na Linha Amarela, via expressa que liga as zonas norte e oeste do Rio. 

Cada motociclista pagava R$ 2,40 para trafegar pela via, A Lamsa, concessionária que administra a Linha Amarela, anunciou que desde o meio-dia deste domingo não cobra mais pedágio de motos, atendendo ao decreto de Crivella.

O prefeito agradeceu aos políticos do seu partido, o PRB, na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa. Também ao PTN, partido que, ao lado do PR, fez coligação com o PRB: "Marchou ao lado desde o primeiro momento", afirmou, citando o deputado federal Luiz Carlos Ramos, que será secretário de Relações Institucionais. 

O partido de Garotinho, que indicou o vice, Fernando MacDowell, entretanto, não foi citado. 

Também agradeceu a mensagem "efusiva e de grande entusiasmo" enviada por Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos Deputados, que segundo Crivella, é um "líder da nossa cidade que nos engradece e facilita a vida em Brasília".

Além de Maia, também lembrou dos que o apoiaram no segundo turno como Osório (PSDB), Índio da Costa (PSD) e de veradores e lideranças do PMDB, como Rosa Fernandes.

 Crivella ainda reconheceu a importância do voto do "irmãos evangélicos" e agradeceu ao "povo das igrejas Universal, Batista, Metodista e da Assembleia de Deus". 

 

Ao ex-prefeito, César Maia, eleito vereador, afirmou que terá "imenso senso de responsabilidade, prudência, fé e sem medo" e que assume a prefeitura para a "nobre missão de cuidar das pessoas", remetendo ao lema de campanha.

Crivella também conclamou a sociedade e a Câmara dos Veradores para governar ao lado dele e mostrou que a prioridade de seu governo será a saúde, como ampliar a rede de saúde de família, acabando com gargalo dos exames de laboratório. 

Também falou de Educação e de Turismo e afirmou que "não foi candidato das promessas e não será o governo das ilusões".

Antes de Crivella e de seu vice, Fernando Mac Dowell, foi a vez dos 51 vereadores eleitos tomarem posse. 

Em seguida foi realizada a eleição da Mesa Diretora da Casa. 

Jorge Felippe (PMDB) foi reeleito presidente, tendo como primeira vice-presidente Tânia Bastos (PRB), e segundo vice Zico (PTB). Carlo Caiado (DEM) tornou-se o primeiro secretário e Cláudio Castro (PSC) é o segundo secretário. 

Jorge Felippe afirmou que seu partido ainda não decidiu se vai apoiar Crivella. "Como presidente, sou imparcial. 

A bancada apoiou Crivella na campanha (do segundo turno, depois que o candidato do PMDB, Pedro Paulo, saiu da disputa). No governo a gente ainda não definiu", afirmou.
Na transmissão do cargo, Crivella homenageia Paes.

O ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes deixou o Palácio da Cidade ao som do Samba do Avião, numa homenagem do prefeito Marcelo Crivella ao seu antecessor. Crivella fez questão de acompanhar Paes até o seu carro.

Paes lembrou que esta foi a primeira transmissão de cargo na prefeitura do Rio em 20 anos, quando Cesar Maia deixou a prefeitura e assumiu seu então aliado Luiz Paulo Conde. 

Paes se despediu, dizendo invejar Crivella, ainda que o sentimento seja "pouco cristão". 

O prefeito devolveu a gentileza ao afirmar que a gestão Paes está "escrita com letra de ouro de forma indelével na gratidão do povo do Rio de Janeiro". 


 postado por Cícero Luis


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