Novo prefeito faz
discurso afirmando que governará 'com imenso senso de responsabilidade,
prudência, fé e sem medo'. Ele se empenhará na luta contra as doenças
transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
Rio - Eleito prefeito
do Rio de Janeiro com 1.700.030 votos, Marcelo Crivella (PRB) tomou posse neste
domingo, dia 1º de janeiro, na Câmara Municipal, no Centro.
O agora ex-senador
iniciou o discurso saudando os vereadores, que também tomaram posse minutos
antes, como "notáveis homens públicos conduzidos à Câmara pela soberania
do povo".
Em pouco mais de meia hora no palanque, Crivella agradeceu a
Deus, dizendo que a sua eleição não é "mérito pessoal", e sim, "uma
graça".
Ele
citou algumas das medidas previstas nos 78 decretos publicados em edição
extra do Diário Oficial do município, que tratam de temas como saúde,
transporte e transparência administrativa.
Questionado sobre qual é o
mais importante dos 78 decretos, Crivella citou aquele que trata da
"preparação para o combate às doenças do verão, sobretudo chikungunya,
dengue e zika", todas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.
A maioria dos decretos trata de planos a serem desenvolvidos, como a
criação de um esquema de segurança especial para o desfile dos blocos de
rua durante o carnaval.
Mas outros impõem medidas de execução imediata,
como o corte de 50% dos gastos com cargos comissionados e a suspensão
da cobrança de pedágio para motos na Linha Amarela, via expressa que
liga as zonas norte e oeste do Rio.
Cada motociclista pagava R$ 2,40
para trafegar pela via, A Lamsa, concessionária que administra a Linha
Amarela, anunciou que desde o meio-dia deste domingo não cobra mais
pedágio de motos, atendendo ao decreto de Crivella.
O prefeito agradeceu aos políticos do seu partido, o PRB,
na Câmara dos Deputados e na Assembleia Legislativa. Também ao PTN,
partido que, ao lado do PR, fez coligação com o PRB: "Marchou ao lado
desde o primeiro momento", afirmou, citando o deputado federal Luiz
Carlos Ramos, que será secretário de Relações Institucionais.
O partido
de Garotinho, que indicou o vice, Fernando MacDowell, entretanto, não
foi citado.
Também agradeceu a mensagem "efusiva e de grande
entusiasmo" enviada por Rodrigo Maia (DEM-RJ), presidente da Câmara dos
Deputados, que segundo Crivella, é um "líder da nossa cidade que nos
engradece e facilita a vida em Brasília".
Além de Maia, também
lembrou dos que o apoiaram no segundo turno como Osório (PSDB), Índio da
Costa (PSD) e de veradores e lideranças do PMDB, como Rosa Fernandes.
Crivella ainda reconheceu a importância do voto do "irmãos evangélicos"
e agradeceu ao "povo das igrejas Universal, Batista, Metodista e
da Assembleia de Deus".
Ao ex-prefeito, César Maia, eleito vereador, afirmou que
terá "imenso senso de responsabilidade, prudência, fé e sem medo" e que
assume a prefeitura para a "nobre missão de cuidar das pessoas",
remetendo ao lema de campanha.
Crivella também conclamou a
sociedade e a Câmara dos Veradores para governar ao lado dele e mostrou
que a prioridade de seu governo será a saúde, como ampliar a rede de
saúde de família, acabando com gargalo dos exames de laboratório.
Também
falou de Educação e de Turismo e afirmou que "não foi candidato das
promessas e não será o governo das ilusões".
Antes de Crivella
e de seu vice, Fernando Mac Dowell, foi a vez dos 51 vereadores eleitos
tomarem posse.
Em seguida foi realizada a eleição da Mesa Diretora da
Casa.
Jorge Felippe (PMDB) foi reeleito presidente, tendo como primeira
vice-presidente Tânia Bastos (PRB), e segundo vice Zico (PTB). Carlo
Caiado (DEM) tornou-se o primeiro secretário e Cláudio Castro (PSC) é o
segundo secretário.
Jorge Felippe afirmou que seu partido ainda não
decidiu se vai apoiar Crivella. "Como presidente, sou imparcial.
A
bancada apoiou Crivella na campanha (do segundo turno, depois que o
candidato do PMDB, Pedro Paulo, saiu da disputa). No governo a gente
ainda não definiu", afirmou.
Na transmissão do cargo, Crivella homenageia Paes.
O
ex-prefeito do Rio de Janeiro Eduardo Paes deixou o Palácio da Cidade
ao som do Samba do Avião, numa homenagem do prefeito Marcelo Crivella ao
seu antecessor. Crivella fez questão de acompanhar Paes até o seu
carro.
Paes lembrou que esta foi a primeira transmissão de cargo
na prefeitura do Rio em 20 anos, quando Cesar Maia deixou a prefeitura e
assumiu seu então aliado Luiz Paulo Conde.
Paes se despediu, dizendo
invejar Crivella, ainda que o sentimento seja "pouco cristão".
O
prefeito devolveu a gentileza ao afirmar que a gestão Paes está "escrita
com letra de ouro de forma indelével na gratidão do povo do Rio de
Janeiro".
postado por Cícero Luis
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