A
comissão especial composta por quatro delegados da Polícia Civil que
investiga a matança de presos em Alcaçuz, massacre ocorrido durante as
rebeliões de janeiro, deve ouvir até 400 presos daquela unidade. Alcaçuz
fica em Nísia Floresta, cidade da Grande Natal.
Pelo menos 26 presos
morreram. Destes, 15 tiveram as cabeças arrancadas.
Muitos corpos também
foram esquartejados e depois queimados dentro das celas.
A matança é
considerada o episódio mais violento da história do sistema prisional
potiguar.
Até o momento, um total de 114 internos foram ouvidos ainda durante
as semanas que ocorreram os confrontos. Destes, cinco foram apontados
como líderes de uma das facções criminosas envolvidas nos confrontos, já
indiciados pelos assassinatos e transferidos para presídios federais.
Presidente da comissão e delegado da Divisão de Homicídios e Proteção
à Pessoa (DHPP), Marcos Vinícius disse que 21 agentes penitenciários
prestaram depoimento recentemente, e que nos próximos dias devem ser
ouvidos 30 policiais militares que trabalhavam na guarda externa da
penitenciária.
"Nós trabalhamos com o número oficial de 26 homicídios e, além dos
cinco presos que foram identificados, indiciados e retirados de Alcaçuz
ainda durante a semana das rebeliões, queremos identificar outros presos
envolvidos em cada um desses crimes.
Mas, esse é um processo bastante
trabalhoso, pois precisamos ouvir muitas pessoas devido às
circunstâncias em que os homicídios aconteceram. Será preciso
individualizar as condutas", explica.
postado por cicero luis
fonte: G1-RN
Restaurante Sertanejo
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