Uma pesquisa realizada pelo Datafolha
revelou que os brasileiros - incluindo uma parcela importante de
empresários - acham que a reforma trabalhista e a terceirização
privilegiam mais os empresários do que os trabalhadores.
De acordo com o
instituto, 64% dos entrevistados têm essa opinião sobre a reforma, e
63% dizem o mesmo sobre a terceirização.
Para apenas 34% dos ouvidos pelo Datafolha, a nova legislação deve
aumentar a criação de empregos. Outros 31% consideram que não haverá
mudança e igual parcela prevê que vagas serão fechadas. Menos da metade
(48%) dos empresários entrevistados afirma que o emprego deve ser
beneficiado pela nova lei, segundo o instituto de pesquisa.
Assalariados
com registro em carteira são mais pessimistas: 34% afirmam que as vagas
serão reduzidas, 33% que não haverá mudanças e só 29% creem em mais
oferta de emprego.
Para 66%, os preços de mercadorias e
serviços devem subir com a ampliação da terceirização. Apenas 17% (e 15%
dos empresários) esperam aumento dos salários.
Quarenta e quatro por
cento consideram que não haverá impacto na remuneração e 35% (e 27% dos
empresários) afirmam que ela será reduzida.
A lei da terceirização foi sancionada em 31 de março pelo presidente
Michel Temer e permite que uma empresa possa contratar outra para
qualquer tipo de serviço.
Antes da nova lei, o entendimento era de que
as empresas deveriam ter, obrigatoriamente, funcionários próprios em
suas funções principais, as chamadas atividades-fim.
Uma escola, por
exemplo, poderia terceirizar a limpeza, mas não os professores.
postado por cicero luis
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