Ela estava internada há um mês no Hospital São Lucas, em Copacabana
RIO - Morreu nesta terça-feira, no Rio, a atriz Aracy
Cardoso, aos 80 anos. Ela participou de várias novelas na TV Globo, e
seu último trabalho foi em "Sol nascente".
Aracy estava internada havia
um mês no Hospital São Lucas, em Copacabana, Zona Sul do Rio, tratando
de vários problemas no coração e nos rins. A informação foi confirmada
ao EXTRA pela amiga da artista, a atriz Priscila Camargo.
Além do problema do coração, Aracy sofria de hidrocefalia e
distúrbios do equilíbrio. O velório será nesta quinta-feira no Memorial
do Carmo, no Caju, a partir das 11h. O corpo da atriz será cremado.
— Eu sou como uma filha de coração É muito triste. Ela foi
uma atriz muito talentosa, uma pessoa que reunia os artistas em casa,
fazia questão de fazer pontes entre os amigos, ajudava todo mundo e que
vai deixar muita saudade — lamentou Priscila.
Nascida no Rio e filha de uma cantora de ópera, Aracy herdou
a veia artística e começou a atuar nos palcos, mas logo adentrou a
televisão, nos anos 1960, onde se destacaria. Interpretou mocinhas em
novelas como "Os quatro filhos", "Sublime amor", "O direito dos filhos" e
"A indomável", todas da TV Excelsior, de São Paulo.
Atuou em "Anastácia, a mulher sem destino", na Rede Globo,
para onde voltaria na década seguinte, nas novelas "Fogo sobre terra",
"À sombra dos laranjais", "Vejo a Lua no céu", "Memórias de amor" e
"Água viva".
Um de seus papéis mais famosos foi como a governanta Zazá,
de "A gata comeu", de Ivani Ribeiro. Sua última aparição na TV foi este
ano, numa participação especial em "Sol nascente", novela de Walther
Negrão, Suzana Pires e Júlio Fischer.
Entre novelas, séries e filmes, Aracy acumulou 52 trabalhos
no currículo. No cinema, estreou em "Fatalidade" (1953), de Jacques
Maret. Após três décadas dedicadas à televisão, voltou à tela grande em
"O homem nu" (1997), de Hugo Carvana. Seu último papel foi em "Nosso
lar" (2010), de Wagner de Assis.
Em 1999, Aracy estreou, no Teatro Vannucci, o monólogo "Dona
ninguém", com texto de Heloneida Studart e direção de Jesus Chediak. Na
época, comparou a experiência a uma luta:
— Num monólogo, um ator não pode fingir, enganar o
espectador. Tenho que dançar, cantar e atuar. Eu me sinto como se
estivesse num ringue lutando — disse ela, que na peça interpretou Maria,
uma mulher que passa a rever toda a sua vida após a morte do marido.
Ela deixa duas filhas, Bia e Patrícia.
postado por cicero luis
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