sexta-feira, 23 de março de 2018

Consumo de água cai 13% em todo o Rio Grande do Norte, diz Caern.



  O longo período de estiagem enfrentado pelo Rio Grande do Norte foi responsável pela redução em 13% do consumo de água nos últimos dois anos, segundo a Companhia Estadual de Recursos Hídricos (Caern). Até 2016, a média era de 12,9 metros cúbicos por mês. Atualmente, esta taxa é de 10,8 mil metros cúbicos.
 
A redução nos gastos por pessoa é um reflexo da situação crítica dos reservatórios em todo o Rio Grande do Norte. 

De acordo com dados da Secretaria Estadual de Recursos Hídricos (Semarh), dos 47 reservatórios hídricos estaduais, 17 estão em volume morto e outros 16 estão secos.
 
O estado conta com 800 mil domicílios ligados à rede de abastecimento.  Atualmente, 91% das cidades potiguares enfrentam dificuldades no recebimento de recursos hídricos.
 
Em Natal, o consumo médio é de 13,7 metros cúbicos. “A diferença entre Natal e os restante do estado está registrada a partir da estiagem e do padrão de consumo da população”, diz Marinaldo Pereira, superintendente comercial da Caern. 

A população da capital utiliza de forma menos racional a água, como nos hábitos de lavagem de veículos e de calçadas, gerando desperdício.
 
Segundo a Caern, o consumo está mais concentrado na região metropolitana da capital. “Nas cidades com problemas de abastecimento, como as que estão em colapso, o consumo cai pela metade”, informa Marinaldo.
 
Segundo informações da Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, o consumo médio por litros no Rio Grande do Norte é de 113 litros por pessoa, de acordo com a pesquisa “Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos”. O volume de consumo por habitante caiu quase 5% nos últimos cinco anos.
 
Apesar da redução no volume utilizado pela população, a quantidade de água consumida ainda está acima dos valores mínimos delimitados pela Organização Mundial da Saúde (OMS). 

O volume estipulado por habitante é de 110 litros diários – a medida é a necessária para saciar a sede, higiene e alimentação. Também é menor que a média nacional, com de 107 litros diários.
 
Para 2018, a Caern planeja acelerar a substituição de hidrômetros instalados no Rio Grande do Norte. “Temos obras operacionais para reduzir o consumo excessivo de e o desperdício dos recurso hídricos”, finaliza.

postado por cicero luis


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