O longo período de estiagem
enfrentado pelo Rio Grande do Norte foi responsável pela redução em 13%
do consumo de água nos últimos dois anos, segundo a Companhia Estadual
de Recursos Hídricos (Caern). Até 2016, a média era de 12,9 metros
cúbicos por mês. Atualmente, esta taxa é de 10,8 mil metros cúbicos.
A redução nos gastos por pessoa é um
reflexo da situação crítica dos reservatórios em todo o Rio Grande do
Norte.
De acordo com dados da Secretaria Estadual de Recursos Hídricos
(Semarh), dos 47 reservatórios hídricos estaduais, 17 estão em volume
morto e outros 16 estão secos.
O estado conta com 800 mil domicílios
ligados à rede de abastecimento. Atualmente, 91% das cidades
potiguares enfrentam dificuldades no recebimento de recursos hídricos.
Em Natal, o consumo médio é de 13,7
metros cúbicos. “A diferença entre Natal e os restante do estado está
registrada a partir da estiagem e do padrão de consumo da população”,
diz Marinaldo Pereira, superintendente comercial da Caern.
A população
da capital utiliza de forma menos racional a água, como nos hábitos de
lavagem de veículos e de calçadas, gerando desperdício.
Segundo a Caern, o consumo está mais
concentrado na região metropolitana da capital. “Nas cidades com
problemas de abastecimento, como as que estão em colapso, o consumo cai
pela metade”, informa Marinaldo.
Segundo informações da Secretaria
Nacional de Saneamento Ambiental do Ministério das Cidades, o consumo
médio por litros no Rio Grande do Norte é de 113 litros por pessoa, de
acordo com a pesquisa “Diagnóstico dos Serviços de Água e Esgotos”. O
volume de consumo por habitante caiu quase 5% nos últimos cinco anos.
Apesar da redução no volume utilizado
pela população, a quantidade de água consumida ainda está acima dos
valores mínimos delimitados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
O
volume estipulado por habitante é de 110 litros diários – a medida é a
necessária para saciar a sede, higiene e alimentação. Também é menor que
a média nacional, com de 107 litros diários.
Para 2018, a Caern planeja acelerar a
substituição de hidrômetros instalados no Rio Grande do Norte. “Temos
obras operacionais para reduzir o consumo excessivo de e o desperdício
dos recurso hídricos”, finaliza.
postado por cicero luis
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