O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), foi
recebido com vaias e palavras de ordem do movimento LGBT na manhã desta
segunda-feira (30) na Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul, em
Porto Alegre.
O grupo interrompeu o cerimonial do evento, que debate a
reforma política e tem ainda a presença do vice-presidente, o também
peemedebista Michel Temer.
Por causa do tumulto, o presidente da Casa, o
deputado estadual Edson Brum (PMDB), encerrou a sessão e transferiu o
evento para outro local dentro da Assembleia.
Segundo a Folha Press, antes da transferência do local, o auditório
Dante Barone, com 660 lugares, já estava ocupado por manifestantes.
Depois, centenas deles ficaram de fora do novo local, o próprio plenário
da Assembleia, que tem 330 lugares.
Manifestantes chegaram ao local
antes das 9h e estenderam faixas com os dizeres “O Brasil vai ser
governado pela Bíblia ou Constituição?”, entre outras.
Os ativista gritaram “fora, Cunha” e o acusaram de homofobia. A
manifestação é parecida com a que realizou um beijaço na Assembleia
Legislativa de São Paulo, na última sexta (27).
Evangélico, Cunha chegou
a dizer sobre os ativistas dos direitos gays, em um culto no início do
mês, que é preciso “deixar que a maioria seja exercida, e não a
minoria”.
Os protestos são também uma referência às declarações de
Cunha, de fevereiro deste ano, sobre evitar votação sobre legalização do
aborto.
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