Daniella Perez foi assassinada em 1992
Nesta terça-feira (11), Daniella Perez completaria 45 anos caso estivesse viva. Sua mãe, a novelista Glória Perez, lembrou da data nas redes sociais com uma montagem de fotos e uma mensagem de lamento.
"Por 22 anos esse foi o dia mais feliz em nossa casa. Hoje não temos
festa: só saudade. São 23 anos sem ela. O mundo mudou tanto e ela não
viu.
Não conheceu a internet, o celular, os avanços da ciência e da
tecnologia, não teve seus filhos nem viu nascer seus sobrinhos - não
viveu o que sonhou viver", escreveu ela.
Glória Perez ainda citou os dois condenados pelo assassinato de
Daniella: "Para os dois psicopatas (Guilherme de Pádua Thomaz e Paula
Thomaz, hoje Paula Nogueira Peixoto), saiu barato".
Daniella Perez foi morta com 18 golpes de tesoura dados por Guilherme de
Pádua com a ajuda de Paula Thomaz no dia 28 de dezembro de 1992, quando
fazia sucesso na novela "De Corpo e Alma".
A carreira:
Daniella Perez demonstrou, desde nova, paixão pelo balé e pela
dramaturgia.
Na época, sua carreira estava caminhando para o auge. Em
1989 estreou sua primeira novela, "Kananga do Japão", na Rede Manchete,
onde conheceu Raul Gazolla, aquele que viria a ser seu cônjuge anos
depois.
O sucesso fez com que rapidamente Daniella se transferisse para a
Globo, onde estreou em 1990 com "Barriga de Aluguel", escrita por sua
mãe Glória Perez.
Em 1991 atuou em "O Dono do Mundo", de Gilberto Braga,
e em 1992 fez sua última novela, "De Corpo e Alma", também de Glória,
onde interpretou a personagem Yasmin.
Homicídio e prisão
A primeira prisão do assassinato de Daniella ocorreu em apenas 24
horas.
A notícia de que Guiherme de Pádua era o assassino chocou todo o
Brasil.
Ele foi levado à delegacia e, de início, negou envolvimento no
caso. Entretanto, acabou confessando horas mais tarde.
Paula chegou a
confessar participação no crime mas depois tentou voltar atrás no
depoimento, Os dois foram presos no dia 31 de dezembro.
Guilherme chamou para si toda a responsabilidade do crime, porém,
oito meses depois, em agosto de 1993, ele mudou seu depoimento afirmando
que Paula também estava no local e que ela havia participado da morte.
Guilherme de Pádua foi julgado em janeiro de 1997 e condenado pelo
júri por 5 votos a 2.
O juiz José Geraldo Antônio sentenciou Guilherme a
19 anos de prisão.
Já em maio foi a vez de Paula Thomaz, que continuou
negando e voltou a insistir na tese de que havia passado oito horas em
um shopping, sendo que não havia sido vista por ninguém ou sem qualquer
prova que sustentasse tal versão.
Ela foi condenada pelo júri por 4
votos a 3 e sentenciada a 18 anos e seis meses de prisão.
Graças ao bom comportamento, Guilherme e Paula deixaram a prisão em 1999, com apenas 7 anos de pena cumprida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Observação: somente um membro deste blog pode postar um comentário.