sexta-feira, 3 de junho de 2016

Crise econômica de 2002 fez TV por assinatura quase acabar no Brasil.


Crise econômica de 2002 fez TV por assinatura quase acabar no Brasil
"Eu Paguei Pra Ver" relembra histórias e curiosidades da TV paga brasileira

    A principal reclamação das operadoras de TV por assinatura do Brasil atualmente é de que a grave crise econômica que o país vive tem derrubado o número de assinantes - que caiu 4% em um ano, como noticiou o NaTelinha recentemente. 

Porém, se em 2016 as coisas estão difíceis, em 2002 a coisa foi muito pior. Como é notório, a grande maioria das programadoras de TV paga no Brasil são estrangeiras. 

Em 1994, quando o mercado começava no país, o Plano Real estabilizou a moeda e a deixou com praticamente o mesmo valor do dólar, o que favorecia essas empresas, que pagavam tudo com o dinheiro americano. Com isso, elas apostaram cada dia mais em equipamentos e formas de transmissões mais modernas, além de trazer cada vez mais canais. 
 
O problema foi quando a moeda desvalorizou completamente. Em 2002, o dólar chegou a valer quase 4 reais, o que inflacionava não somente a compra de equipamentos, mas também as dívidas que estes canais tinham. 

O valor do "tombo" foi repassado aos assinantes, que já eram poucos. 

O número de assinantes começou a cair e não se tinha noção na época de quando subiriam mais uma vez. Aliás, apenas uma coisa aumentou na época: a dívida das operadoras.
 
Segundo o jornal Folha de S.Paulo em 16 de agosto de 2002, a dívida da Net na ocasião subiu 275% em apenas três meses. Em abril ,era de 83 milhões de reais. 

Em julho já somava mais R$ 312 milhões. Neste mesmo período, a operadora também teve uma queda bem brusca em suas receitas de TV paga e internet - mais exatamente de 2,1%. 

     
Na ocasião, a redução no número de assinantes foi muito parecida com a de 2016. Em abril de 2002, havia 1,398 milhão de assinantes. Em agosto, apenas 1,266, uma queda de 3%. 
 
O jeito na época foi as operadoras renegociarem seus contratos com as programadoras por valores menores. Executivos diziam na imprensa que, se isso não fosse feito, a TV por assinatura no Brasil corria risco de chegar ao fim, porque as dívidas estavam ficando estratosféricas e não seriam possíveis pagá-las. 
 
Hoje, é difícil que isso aconteça. O mercado é bem maior e muito mais solidificado. Mas a crise é, inegavelmente, a mais grave depois do que houve em 2002. 

postado por cicero luis

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