O casamento midiático da cantora Preta Gil, avaliado em milhões, não foi
completamente desembolsado por quem achamos que foi.
Foi anunciado em
toda a imprensa a festa para 700 convidados, com 35 seguranças, com 14
lustres com cristais baccarat, milhares de flores, whisky e champagne,
vestido com trocentas pérolas e o aluguel da Igreja mais fina da cidade.
Só não foi divulgado quem pagou por tudo
isso, que sabemos que não foi o noivo, que é personal trainer, a noiva,
que não emplaca nada na carreira, nem a família, que boa parte não
esteve presente.
A cerimônia também não foi paga pelo seu reality show
na internet, o “Preta Vai Casar”, já que o valor das quase 100 mil
visualizações no Youtube não paga nem o bolo do casamento.
Como aponta o colunista do R7,
Andre Forastieri, o casamento de Preta Gil era uma oportunidade única de
se exibir, com a nova onda entre os muito ricos do exterior, de
promover festa de debutante para as filhas em Nova York ou Miami.
Mas
esse não é só o casamento da filha de um homem rico, de um
ex-ministro. Foi uma reunião de algumas das pessoas mais famosas do
Brasil.
Algumas dessas, amadas pelo povão.
Outras sem fama, mas perfeitas ilustrações, como o casal Amora Mautner e
Arnon Collor de Mello.
Ela é filha de Jorge Mautner, ele de Fernando
Collor. No casamento de Preta Gil estava lá boa parte do PIB cultural
brasileiro.
Gente que vive “na mídia” e da mídia. No Brasil o capital
que importa é a proximidade do poder midiático, financeiro e estatal.
Por causa disso, o Rio de janeiro
continua sendo a verdadeira capital brasileira.
Brasília é um arrabalde aberto de terça a quinta. São Paulo amanhece trabalhando.
Brasília é um arrabalde aberto de terça a quinta. São Paulo amanhece trabalhando.
O Rio é o
lugar da fama e poder, do dinheiro público, que move as engrenagens da
fama e do poder. E, segundo a publicação, ninguém inpersonifica esta
proximidade proveitosa do poder tão bem quanto Gilberto Gil.
Conforme sua carreira decaía, se transmutou em ongueiro, político,
ministro. Através das leis de incentivo à cultura, empresas deixam de
pagar imposto, pegam esse dinheiro e financiam atividades culturais.
Gil
foi o ministro anos; seu secretário-executivo, Juca Ferreira, é o ex-. Pintou uma graninha boa para o próprio Gil, assim que deixou o
ministério.
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